Incêndio lavra em Vila Flor há mais de 48 horas

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Qui, 29/08/2013 - 09:58


Mantém-se activo o incêndio que está a lavrar há mais de 48 horas no concelho de Vila Flor.As chamas deflagraram na madrugada de terça-feira em Samões e evoluíram em direcção ao concelho de Carrazeda de Ansiães, onde ontem algumas aldeias estiveram cercadas pelo fogo. 

Foi o caso de Mogos.Dulce e José Carlos Trigo, emigrantes a passar férias, não ganharam para o susto. “Acordei com o barulho do helicóptero e quando levantei a persiana do quarto vi tudo cheio de fumo e pensei logo que andava aqui perto. Fui num abrir e fechar de olhos que as labaredas chegaram aqui, eu peguei logo em baldes e o meu marido a ligar o motor para regar tudo e salvar pelo menos as habitações”, refere Dulce Trigo. “As chamas estiveram a 20 metros daqui porque os bombeiros estavam por perto e evitaram que as chamas avançassem para junto da nossa casa”, conta José Carlos Trigo.Ilda Castro teve de retirar os animais das lojas para evitar maiores prejuízos.“Tínhamos lá uma cabra, um ganso e galinhas para molhar à volta. Foi tudo muito rápido, tivemos que ir a correr a tirar os animais”, refere. “Podia ter sido muito pior mas para aflição chegou bem”, acrescenta.O incêndio chegou a ter quatro frentes activas mas durante a noite os bombeiros conseguiram dominar as chamas e a esta hora apresenta apenas uma frente de fogo.O terreno acidentado e o vento têm sido as principais dificuldades com que os bombeiros se debatem.“Houve algumas aldeias ameaçadas mas conseguiu-se reverter a situação sem danos nas habitações e agora está a lavrar em zona de mato”, explica o comandante distrital de operações de socorro, João Afonso, acrescentando que “as principais dificuldades têm sido a orografia do terreno, muito rochosa e com muitos declives, e o vento que se tem feito sentir”.Apesar do susto, não houve prejuízos de maior para além da floresta dizimada, num incêndio se aproximou também das aldeias de Samorinha, Zedes e Pereiros.A esta hora estão envolvidos no combate às chamas 140 operacionais, apoiados por 32 viaturas.

Prevê-se que a esta hora comecem a operar os meios aéreos.

Escrito por Rádio Ansiães (CIR)/ Brigantia