Sex, 11/05/2012 - 17:20
“O Poder Local tem de olhar para os cidadãos do distrito e dar-lhes as ferramentas. Um pouco o papel que o Estado já fez. É importante que as autarquias façam o mesmo. Não se preocupem tanto com potenciais investidores mas que se preocupem com a iniciativa que é local e em não deixar escapar os promotores locais, que conhecem a região. Que se foquem em estancar o êxodo que aconteceu”, frisou.
Já o presidente da Câmara de Miranda do Douro, por exemplo, já vê diferenças no seu concelho.O socialista Artur Nunes sublinha que já começam a chegar visitantes de outros distritos.
“O que começamos a ver é pessoas de Vila Real virem tomar café a Miranda do Douro. E gentes de Murça, de Alfândega da Fé, a virem visitar-nos.”
Mas também os transportes internacionais começam a desviar-se do eixo do IP4, o que vai causar constrangimentos.
“Já temos um conjunto de transporte de mercadorias que já estão a parar aqui diariamente. Já passam aqui e já abastecem aqui. O que significa que as estradas locais vão ficar em mau estado, mesmo do lado espanhol. Os dois Governos têm de se entender nessa matéria. Há quatro anos que estamos a fazer reuniões com o ministério do Fomento espanhol e o Ministério das Obras Públicas português para reivindicar esta ligação com Espanha.”
Mas, mesmo assim, também há outras áreas a beneficiar do IC5. Os doentes por exemplo. O comandante dos Bombeiros de Sendim, José Campos, explica que a comodidade aumentou muito.
“A grande valia e melhoria é depois de Mogadouro. O Planalto Mirandês estava bem servido, agora melhorou, mas as melhorias agora sentiram-se depois de Macedo. Os quilómetros são quase os mesmos mas a comodidade é superior. Para os utentes que transportamos é muito melhor.”
As vantagens e desvantagens do IC5 estiveram hoje em discussão na rádio Brigantia.
Escrito por Brigantia (CIR)