Grupo francês compra fábrica da castanha de Vinhais

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Ter, 12/04/2011 - 09:26


A câmara de Vinhais decidiu vender as suas participações sociais nas empresas privadas Cacovin e Ecolignum.A alienação da quota que detinha nas fábricas das castanhas e da madeira está a ser feita através de concurso público, estando já a decorrer o prazo para a apresentação de propostas. 

O presidente da câmara explica que esta venda surge por duas razões.“As câmaras municipais são fundamentais para incentivar e fomentar a instalação de determinados negócios e potenciar o desenvolvimento económico das regiões, mas depois devem retirar-se de forma que sejam os privados a gerir essas empresas” refere Américo Pereira, acrescentando que por outro lado, “as contas das empresas onde os municípios têm participações, caso tenham dívidas, elas reflectem-se nas contas das câmaras municipais e eu não posso correr o risco de estar em empresas que não estejam de muita boa saúde por isso traz reflexos negativos na gestão da autarquia”. Mas não é só a câmara que está a vender.A participação dos sócios privados na Cacovin, que constituiu a maioria do capital social, também já está a ser negociada com um grupo francês que vai instalar-se no concelho.“Apareceram potenciais compradores com o intuito de investir na área da castanha em Vinhais e a partir daí desenvolveu-se uma série de contactos para concretizar esse investimento” refere o presidente da Cooperativa dos Agricultores de Vinhais. “Neste momento, as negociações estão concluídas. Já se desenrolavam desde Novembro e o contrato de promessa compra e venda concretizou-se em Fevereiro” adianta. Falta agora a escritura e quanto a valores, os responsáveis preferem, para já, não revelar. Carlos Silva salienta que este negócio vai contribuir para a melhoria da qualidade do produto e valorização da castanha na região.“Com a entrada deste grupo na região temos a certeza absoluta que a castanha sairá ainda mais valorizada” afirma. “Com a experiencia de comercialização e de transformação primária que este grupo tem, poderá acrescentar mais-valia à castanha e trazer benefícios para os agricultores” salienta. O projecto deverá criar 40 postos de trabalho.O presidente da câmara diz, por isso, que este é um excelente negócio para o concelho.“Numa altura em que as empresas estão constantemente a fechar e a reduzir pessoal, investir três ou quatro milhões de euros num concelho como é Vinhais para criar dezenas de postos de trabalho na área da castanha, é algo verdadeiramente positivo” salienta Américo Pereira. 

A câmara de Vinhais detém ainda uma participação na empresa Matadouro de Vinhais, mas que para já não tenciona vender.

Escrito por Brigantia