Qua, 15/01/2014 - 10:15
Miguel Martins, de 39 anos, confessa que a ideia nasceu da necessidade de encontrar uma forma de cortar a lenha sem ficar com dores nas costas. Deu asas à imaginação, concebeu a ideia e agora explica como funciona este mecanismo que até considera simples.
“Isto é um mecanismo fácil e simples. É uma motosserra normal adaptada num cavalete, tem um sistema que tem um sensor junto à lâmina que encosta noutro sensor que está junto ao acelerador. Este sistema permite acelerar mediante a força que precisa a motosserra para cortar os paus. É o pau que faz com que a motosserra acelere com o seu próprio peso”, explica o inventor.
As vantagens são muitas. A economia e a segurança são algumas delas.
“Uma hora a cortar lenha gasta uma média de meio litro de gasolina, enquanto que andando como se costuma andar gastava-se o dobro. É rápido e eficaz e em termos de segurança uma pessoa andando com ela amarrado no chão muitas vezes escapasse e vai à terra e outras vezes pode ir aos pés, já houve acidentes. Neste sistema está segura em dois pontos e está em segurança, porque nunca se está em contacto com a lâmina”, realça Miguel Martins.
Este sistema também é fácil de transportar.
“Isto é muito leve, só o cavalete pesa cerca de cinco quilos, outro tanto da motosserra. Portanto é facilmente transportável”, garante o freixenista.
Para tornar este mecanismo ainda mais funcional, Miguel Martins quer agora aperfeiçoá-lo.
“Quero aperfeiçoar o protótipo, que é fazer com que encarte todo para poder ser arrumado a ocupar o mínimo de espaço possível. Com o novo sistema de encartar uma pessoa põe isto dentro de um carro e leva para o campo e com a própria chave da motosserra em dois minutos monta o sistema para começar a cortar lenha”, salienta Miguel Martins.
Por enquanto, este habitante de Freixo de Espada à Cinta utiliza este sistema para cortar a lenha para uso próprio e para os amigos, mas a ideia é mais ambiciosa. Miguel Martins quer mesmo registar a patente deste protótipo, reunir apoios e comercializá-lo.
As ideias de Miguel Martins não se ficam só pelo sistema inovador de corte de lenha. Nos tempos livres, este freixenista também gosta de recuperar objectos antigos.
Escrito por Brigantia