Qua, 13/01/2010 - 09:27
Um cenário que se repetiu ontem de manhã, com os feirantes a queixar-se de quase não haver clientes.
“Muito menos, nem 10%” queixa-se Cristina Alves, uma feirante. “Já há três feiras que é só prejuízos. A melhor do ano não a fizemos, a outra foi como se viu e esta está igual” refere José Maria Pinto, acrescentando que “assim não fazemos dinheiro para a despesa e há aí feirantes com prejuízos de mil contos”. Mas para Fernando Sousa, outra comerciante, “é um prejuízo que nem dá para calcular, se isto continua assim, os feirantes vão todos à bancarrota”.
Ainda na semana passada, a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte vai solicitar ao Ministério da Economia apoio para que os comerciantes possam ser ressarcidos dos prejuízos causados pelo mau tempo nas últimas semanas.
Ontem, eram poucos os clientes que passavam pelas poucas tendas montadas.
“Está fraca, está” assegura Teresa Martins. “Agora não chove, mas está muito frio e há poucos feirantes em relação as feiras anteriores” afirma Arminda Jeroz. “Coitados dos feirantes, vêm de lá tão longe, chegam aqui e não fazem nada, mas nós não temos culpa, o tempo é que manda” refere Manuel da Gama. Maria Constância diz mesmo que “hoje não presta para nada, já se vai tudo embora”.
Para além da falta de clientes, há feirantes que se queixam também das condições do actual recinto. “Puseram o alcatrão, mas no sítio onde nós estamos a gente tem de andar a abrir regos para que a água não entrem para dentro” refere José Maria Pinto.
Para discutir este assunto, o vice-presidente da autarquia, recebeu ontem uma delegação de feirantes a quem prometeu uma resolução do problema.
“Quando o tempo nos permitir podemos fazer melhorias, criando um desvio das águas pluviais e também a colocação de gravilha no pavimento” adianta Rui Caseiro.
A câmara de Bragança pretende ainda construir um novo recinto da feira, no espaço das antigas casernas militares.
Um projecto que, segundo Rui Caseiro, só deverá estar concluído no final de 2011.
Escrito por Brigantia