Feira de S. Pedro abre com casa cheia e críticas ao Governo

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Seg, 28/06/2010 - 10:13


A 27ª edição da Feira de São Pedro abriu com recados ao poder central. O secretário de Estado do Turismo e do Comércio não marcou presença e o Governador Civil, em representação, teve de puxar do bloco de notas para poder anotar as críticas apontadas pelo autarca de Macedo de Cavaleiros.

O corte das verbas ao poder local foi um dos principais aspectos visados.

 

As Câmaras Municipais têm menos receita, logo terão sempre menos execução, alertou Beraldino Pinto. O presidente da Câmara de Macedo apela a um QREN menos centralizado, e refere que mesmo não detendo a gestão dos fundos, a taxa de execução das autarquias é maior do que a do poder central.

  “Importa destacar a grande capacidade de execução dos municípios, e com grande aproveitamento das transferências do Poder Central. E o endividamento das autarquias é uma gota de água a nível nacional”, disse.

Beraldino Pinto dá exemplos de cortes da administração central às autarquias.

 

 “Recentemente foram cem milhões de euros cortados para as juntas de freguesia, o agravamento de impostos de todas as obras públicas e o aumento dos encargos sociais. E as autarquias têm vindo a responder a áreas que não são as suas, como o social e a saúde.”

 

O autarca de Macedo de Cavaleiros prefere não falar adiamento, mas sim em reprogramação de obras no concelho de Macedo.

 

 “O parque de exposições, que pela nossa vontade já estaria a ser executado. A central de camionagem e a ligação para Bragança, que foram adjudicadas agora”, disse.

 

A área dos equipamentos sociais foi um dos exemplos dados por Beraldino Pinto para demonstrar como os financiamentos são libertados “a conta gotas” pelo poder central.

 O Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, esteve atento aos recados do presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e prometeu transmitir a mensagem, mas no final não quis falar à Comunicação Social.

Declarações à margem da sessão de abertura da 27ª edição da Feira de São Pedro.

 Uma feira que começou no sábado com casa cheia, para ver a fadista Mariza.

Uma enchente que surpreendeu a própria cantora.

 

 “Quando saí de Lisboa estava imenso sol mas aqui o tempo estava completamente mudado e comecei a ficar assustadas, porque pode estar frio. Mas também não estava à espera de ver tanta gente.”

 

A Feira de São Pedro abriu com a fadista Mariza. A artista mais cara do cartaz, que tem um orçamento de 150 mil euros.

Escrito por CIR