Factura da luz reduzida para cinco mil famílias transmontanas

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Ter, 27/10/2009 - 11:26


Cinco mil famílias transmontanas podem vir a pagar menos pela energia consumida, através do seu reenquadramento nos tarifários disponibilizados pela EDP. É uma das medidas tomadas pela Energias de Portugal, no âmbito da construção das barragens do Baixo Sabor e Foz-Tua, e dos reforços de potência nas de Picote e Bemposta.  

A informação foi avançada ontem, em Torre de Moncorvo, pelo presidente da empresa, António Mexia, durante um debate sobre os impactos daqueles aproveitamentos hidroeléctricos nos concelhos abrangidos.

António Mexia destacou a criação de emprego, as medidas de minimização dos impactos ambientais, bem como as compensações regionais, mas também anunciou benefícios que serão mais rapidamente sentidos na carteira de cinco mil famílias, que poderão passar a poupar em energia alguns euros por mês:

“Temos tido o cuidado, nas zonas de intervenção das barragens, ver as necessidades dos clientes, vendo em que medida é que, estando mais bem enquadrados na sua tarifa, poderiam poupar, e chegámos à conclusão que há um conjunto significativo de pessoas que poderia poupar 38 euros por ano na sua tarifa anual. E a 65 mil pessoas, só deste concelho, vão ser distribuídas quatro lâmpadas economizadores.”

 

 Em relação à barragem de Foz-Tua, cuja cota está já definida para os 170 metros, o presidente da EDP ainda não avançou qual será a alternativa de mobilidade à Linha do Tua, cujos últimos 16 quilómetros serão submersos:

 “As alternativas estão a ser estudadas. O que interessa é que se garanta qualquer coisa que tenha qualidade, frequência, interesse, como alternativa ao troço submerso. As pessoas ficarão melhor com a alternativa do que estão hoje.”

O impacto da barragem no clima do vale do Tua, e por conseguinte na agricultura, também foi abordado ontem, com a EDP a garantir que até Março de 2010 estarão concluídos mais dois estudos sobre a matéria.

No entanto, os estudos feitos até agora não revelaram a possibilidade de virem a ser prejudicadas as culturas da vinha e do olival.

Escrito por CIR