Qua, 11/05/2011 - 09:24
Dalila Araújo salienta que a denúncia dos cidadãos é fundamental para o combate a este tipo de crime.“É um crime de grande complexidade onde por vezes se cruzam situações de imigração ilegal, crime organizado, adopção ilegal ou extracção de órgãos humanos” considera a governante, acrescentando que é um crime que se investiga através dos órgãos da polícia criminal competente mas é um crime que tem de contar forçosamente com a participação do cidadão através da denúncia”. A chefe de equipa do Observatório do Tráfico de Seres Humanos diz que a escolha do local para esta exposição não é inocente, já que o objectivo é também alertar os jovens para esta problemática.“A maior parte das vítimas confirmadas vão dos 15 aos 30 anos, mas o grosso tem vinte e poucos. São pessoas jovens e que muitas vezes pensam em viajar para outros países e muitos deles não estão cientes dos perigos” afirma, pois “quando falamos em tráfico de seres humanos não estamos a falar de pessoas que foram raptadas de suas casas. A maior parte das vítimas são pessoas que viajam com promessas de contratos e de uma vida melhor. Por isso é bom que estejam alertados para os perigos que podem correr”. Joana Wrabetz fala ainda da quantidade de casos registados no país em 2010. “Foram 86 casos sinalizados dos quais 22 foram confirmados como casos de tráfico de seres humanos. Trinta e cinco ainda estão em investigação e os restantes foram rejeitados mas vão a tribunal embora por outro tipo de crime que pode ser o lenocínio ou a imigração ilegal” explica.
Esta exposição que está a percorrer o país vai estar em Bragança durante quatro semanas e vai percorrer todas as escolas do Instituto Politécnico.
Escrito por Brigantia