Executivo de Macedo confirma que funcionário desviou dinheiro do centro cultural e PSD fala de falta de liderança

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Qua, 17/07/2024 - 14:53


Executivo diz que funcionário vai repor o dinheiro, com juros. A Comissão Política do PSD refere que se conclui que “o executivo em funções não tem um eficaz procedimento de gestão e controlo deste tipo de receitas”

O executivo municipal de Macedo de Cavaleiros confirmou, hoje, que um funcionário da câmara desviou dinheiro da bilheteira do centro cultural. Em comunicado disse que a câmara detectou recentemente algumas incongruências, recorrentes, ao longo de aproximadamente um ano", na entrada de dinheiro resultante da actividade do centro cultural, no valor de “cerca de cinco mil euros”. Acrescentou que os processos desenvolvidos para o apuramento dos factos permitiram à autarquia identificar o responsável e que, quando confrontado, “reconheceu imediatamente a responsabilidade dos factos apurados” e “humildemente” explicou as “motivações”. Adiantou também que o funcionário se prontificou a repor integralmente o dinheiro em falta, “acrescido dos juros devidos”, em “suaves prestações mensais”, atendendo à sua “situação económica e familiar”, justificações que terão motivado as subtrações na facturação do centro cultural.

A câmara confirmou ainda que decorre um processo disciplinar, entretanto remetido para o Ministério Público, e que o funcionário foi transferido para o exercício de outras funções profissionais.

A Comissão Política do PSD de Macedo de Cavaleiros também se pronunciou. Em comunicado, esclareceu que o assunto “foi levado para deliberação na reunião de câmara do dia 09 de Julho e, posteriormente, a pedido dos vereadores do PSD, à reunião extraordinária do dia 15, com vista a melhores esclarecimentos sobre o assunto em apreço”.

O PSD refere que se conclui que “o executivo em funções não tem um eficaz procedimento de gestão e controlo deste tipo de receitas”.

A oposição, finaliza o seu comunicado, dizendo que “ficam claras a falta de liderança e competência deste executivo, que permitiu que esta infração fosse repetida durante quase três anos, sem qualquer supervisão e que, perante a gravidade da situação, se mostrou incapaz de assumir a sua quota parte de responsabilidade”.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves