Sex, 22/05/2009 - 08:16
Trata-se de um espaço de formação pioneiro no país que pretende ser um apoio psicológico aos pais.
“Os pais têm uma fragilidade enorme emocional muito grande e podem abrir espaço à instalação de emoções negativas por causa da falta de serviços, de terapias e até de estrutura financeira” explica a coordenadora, Celmira Macedo acrescentando que “a escola tem um carácter preventivo para evitar que as pessoas se sintam assim e a encarar os problemas de outras maneira”.
Merência Macias, uma mãe que se inscreveu na Escola de Pais, “espera ser mais informada ao nível da saúde e ter objectivos para o meu filho se sentir mais útil”.
Alice Vaz, outra mãe, acredita que “esta formação é boa para conversar com os outros pais porque em casa só sou eu, o meu marido e os filhos e não temos ninguém com quem partilhar os mesmos problemas” refere.
O próximo passo vai ser formalizar a Associação de Pais que já procura um espaço próprio.
“A criação da associação está no notário na fase de aprovação de estatutos” adianta Celmira Macedo salientando que “estamos a lutar com a falta de espaço, mas já falamos com a câmara porque há escolas que vão ficar vagas por causa da construção dos centros escolares e queremos ver se uma delas pode ficar para nós”.
A coordenadora da Escola de Pais e impulsionadora da criação da associação explica que esta colectividade vai funcionar em três vertentes. “O gabinete de apoio à família, com encaminhamento e ajuda a nível burocrático, queremos ter terapias que faltam aqui no distrito fazendo formação especializada com terapeutas” refere. De futuro “queremos formar jovens com mais de 18 anos e com necessidades especiais porque neste momento não têm para onde ir”.
No distrito de Bragança existem mais de 500 famílias de crianças com necessidades especiais.
Escrito por Brigantia