Escola de Espinhosela já não fecha

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Qui, 08/07/2010 - 10:05


A escola primária de Espinhosela, em Bragança, já não vai fechar. Apesar de essa ter sido uma possibilidade admitida pelo próprio Grupo de Apoio às Escolas da Terra Fria, fonte daquele organismo revelou à Brigantia que foi feito um estudo do tempo que as crianças demorariam até Bragança e concluiu-se que o mais indicado será mesmo manter a escola aberta pelo menos mais um ano.  

No próximo ano lectivo estão matriculadas 14 crianças mas o problema maior eram os dois alunos oriundos do Zeive, que teriam de demorar cerca de uma hora até Bragança.

Quem ficou satisfeito com esta notícia foi o presidente da junta de freguesia de Espinhosela, apesar de nunca ter tido conhecimento oficial da decisão de encerramento da escola.

“Fico muito contente porque as crianças fazem falta na freguesia. São imporant4es também para o relacionamento com os idosos e as crianças acabam por ficar no meio delas que é o rural” afirma Telmo Afonso.

 

No entanto, o autarca admite que esta pode ser uma alegria a prazo.

“A manterem-se as coisas assim, com as crianças que há nas aldeias, é provável que isto seja só um adiar do encerramento da escola pois não sabemos as crianças que vão aparecer” salienta.

 

O presidente da junta de Espinhosela revela que o encerramento da escola da freguesia seria um transtorno grande para as crianças, obrigadas a muito mais tempo de deslocação. “Principalmente as crianças da freguesia do Parâmio estão a cerca de 30 quilómetros de Bragança, teriam de andar 40 ou 50 minutos de carro para cada lado e no Inverno sairiam de casa de noite e entravam em casa de noite” refere.

 

Samil e Zoio são, assim, as duas escolas primárias do meio rural que deverão fechar no concelho de Bragança.

Isso mesmo consta da última proposta do antigo CAE, enviada à autarquia no passado dia 24 de Junho.

As crianças de ambas as escolas serão encaminhadas para o novo pólo escolar de Santa Maria, a precisar de mais alunos, e que, segundo o Grupo de Apoio às Escolas, tem muito melhores condições para as crianças.

Escrito por Brigantia