Seg, 02/05/2011 - 11:11
A DGAL (Direcção Geral das Autarquias Locais) exigia um decréscimo de 10%. Por isso a meta foi ultrapassada.
Ainda assim continua com uma dívida significativa a médio/longo prazo.
Houve contenção nas despesas em 2010, mas mesmo assim a dívida a médio/longo prazo é de 14M€ na Câmara de Macedo de Cavaleiros.
Também a autonomia financeira da autarquia melhorou ligeiramente, subindo para os 57,5%, bem como o índice de solvência que está agora nos 3%.
O presidente da Câmara de Macedo refere que houve ainda um aumento da dívida a fornecedores. A própria deputada do PSD, Isabel Escudeiro, relembrou que estes atrasos no pagamento não são favoráveis à estrutura empresarial do concelho, composta sobretudo por PME’s (Pequenas e Médias Empresas).
O autarca justifica os atrasos com o QREN e aumento da responsabilidade das autarquias.
“O município fez um esforço de diminuir o endividamento, mas este foi um ano particularmente difícil em termos financeiros, porque houve diminuição das transferências da administração central, houve um atraso nos recebimentos de fundos comunitários, nomeadamente do QREN, e para conseguir cumprir com os objectivos da diminuição do endividamento verifica-se um aumento da dívida a fornecedores. Tentamos que os impactos sejam os menores possíveis na economia local, mas é uma realidade, que, felizmente, no início deste ano já foi melhorada”, explicou o presidente da autarquia macedense.
Beraldino Pinto refere que, apesar de as contas serem mais positivas, há obras, que por falta de financiamento vão ser reprogramadas.
“Temos que ser muito ponderados nestes investimentos que estamos a fazer na cidade, nomeadamente nos parques de estacionamento, a entrada por Bragança que está a ser requalificada, mas há outras obras que na falta de um financiamento atempado têm que ser reprogramadas, como é o caso do campo de golfe e da praia sul do Azibo, que são obras importantes e para as quais o financiamento não está definido”, justifica Beraldino Pinto.
O presidente da Câmara garante que a central de camionagem não está neste grupo de infra-estruturas que terão de esperar.
À excepção de um deputado do PS, toda a oposição se absteve.
As contas de 2010 passaram na Assembleia Municipal, mas com a abstenção da oposição, que considera que a Câmara continua com um passivo alto e com um peso significativo de recursos humanos.
Escrito por CIR