Sex, 21/10/2011 - 09:27
Numa primeira fase, este investimento vai permitir criar 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, assim como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com parcerias com instituições locais e internacionais.O Ministério da Economia confirma que estão a decorrer negociações e que está em causa um investimento no valor de mil milhões de euros. O projecto está a ser negociado entre o Governo, a empresa MTI Ferro de Moncorvo, SA, que detém a concessão das minas de Moncorvo até 2070, e a companhia mineira anglo-australiana Rio Tinto. De acordo com a MTI, este projecto vai criar um novo mercado de exportação da economia portuguesa e a valorização e rentabilização da linha ferroviária do Douro e da navegabilidade do rio.Fontes ligadas às duas empresas, citadas pela agência Lusa, sublinham que este investimento pode permitir que Torre de Moncorvo receba uma autêntica cidade.Em declarações à TSF, o presidente da câmara de Torre de Moncorvo diz que desconhece as negociações.Aires Ferreira considera que não existem grandes soluções para o transporte do minério até aos postos costeiros.“No projecto da década de 80 previa-se o transporte fluvial/marítimo, acontece é que o troço entre o Tua e a Valeira necessita de dragagem que já chegou a estar prevista mas nunca foi feita” afirma. “O transporte em caminho de ferro, na linha do Douro, neste momento não se vê a exequibilidade dado que entre o Tua e Pocinho os carris são centenários e no plano do Governo está previsto encerrar a linha do Douro entre Régua e Pocinho o que prejudicaria o transporte do minério por caminho-de-ferro” acrescenta, salientando que o transporte por via rodoviária também não é solução. “Isso é impensável. Estamos a falar em toneladas e toneladas por ano, não é possível transportar por via rodoviária” afirma.O autarca de Moncorvo a sinalizar as dificuldades logísticas associadas à exploração das jazidas de ferro locais.
Além disso o projecto, um dos maiores feitos até hoje em Portugal só estará em velocidade cruzeiro dentro de 10 anos.
Escrito por Brigantia