Dois enfermeiros do hospital de Macedo de Cavaleiros suspensos de funções de coordenação

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Ter, 27/09/2011 - 10:13


Um casal de enfermeiros do hospital de Macedo de Cavaleiros foi suspenso das funções de chefia que ocupavam devido a irregularidades detectadas na realização de horas extraordinárias.

O caso está já a ser investigado pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde.

Durante largos meses, o enfermeiro adjunto da enfermeira directora no Hospital de Macedo de Cavaleiros e a responsável pela unidade de cuidados continuados, terão recebido indevidamente dinheiro pago por conta de horas extraordinárias de forma irregular. Ou seja, por horas que nunca deveriam ter sido cobradas ao Centro Hospitalar do Nordeste.

 

Os dois, casados, exerciam funções de coordenação e por eles passava a elaboração dos horários do pessoal de enfermagem.

 

A administração do CHNE confirma a alegada irregularidade. Segundo o presidente da administração, Henrique Capelas, a situação foi detectada numa auditoria interna.

 “Fomos dos primeiros a implementar este sistema, que nos tem permitido avaliar com melhor qualidade do que antigamente, na base do papel preenchido. Foram detectadas duas situações que configuravam algumas irregularidades no que respeita a recebimentos que não deveriam ter tido lugar”, explica aquele responsável.

Henrique Capelas diz mesmo que os dois enfermeiros foram suspensos de funções e o caso remetido para a Inspecção-Geral de Actividades em Saúde.

 

“Emiti um despacho a suspender os dois funcionários em causa a suspender os funcionários em causa das suas funções de coordenação e ordenei de imediato um processo de averiguações, que foi terminado. Analisadas as conclusões do mesmo remeti para a IGAS o processo para continuarem as averiguações, no âmbito do competente processo disciplinar”, disse.

 Na IGAS estão a decorrer dois processos disciplinares que, após investigação, pode dar origem a uma acusação.

O presidente do Conselho de Administração do CHNE admite que o caso se arrastou durante “vários meses” e que em causa estão “milhares de euros”.

 “A situação ainda está a ser analisada e irá ser corrigida”, promete.

O caso está agora a ser investigado pela IGAS.

 

Contactado pela Brigantia, o enfermeiro em causa escusou-se a tecer comentários enquanto decorrer o inquérito de averiguações.

 

Recorde-se que ainda decorre na IGAS um inquérito sobre o alegado uso irregular de um carro de serviço por parte de um dos elementos do conselho de administração, cuja conclusão deverá ser anunciada em breve.

Escrito por Brigantia