Director do aeródromo de Vila Real esclarece condições da estrutura

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Sex, 18/11/2011 - 20:09


O Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações não sabe do que fala. É assim que reage o director do aeródromo de Vila Real, Henrique Batista, às declarações de Sérgio Monteiro sobre as dificuldades do aeródromo de Vila Real como justificação para não serem alargados os horários da ligação entre Lisboa, Vila Real e Bragança.

“Para que sejam praticáveis os mesmos horários ao longo do ano há no mínimo que assegurar as pistas de Vila Real e Bragança tenham um sistema de aproximação por instrumentos aprovado pelo INAC. O Aeródromo de Vila Real tem a primeira descida por instrumentos baseada em RNAV\GNSS do continente o que permite este tipo de operações.

O Aeródromo de Bragança possui um VOR e uma descida RNAV\GNSS em fase de certificação após a qual estará de igual modo habilitado para este tipo de operações. É preciso ainda que as pistas possuam iluminação de pista e um gerador de emergência e ambos os aeródromos cumprem este requisito. E que seja garantido o acompanhamento da aeronave desde Lisboa a Bragança (controle aéreo). LISBOA MILITAR é um serviço de controlo de aeronaves em território nacional que encerra ao pôr do sol. Os Aeródromos têm um serviço AFIS ( "informação" de tráfego aéreo) a funcionar do nascer ao pôr do sol. Este horário pode ser alargado até às 20h00 locais (caso de Vila Real). O Serviço AFIS não sendo um Serviço de controlo aéreo não substitui LISBOA MILITAR pelo que se torna inexequível a manutenção dos horários enquanto não for colmatada esta falha ao nível central”, garante.

“Os hipotéticos constrangimentos relacionados com as dimensões da pista de Vila Real são relevantes mas não têm qualquer importância neste caso. Existe um projecto de melhoramento da infra-estrutura que a qualquer momento pode ser implementado”, explica Henrique Batista, assegurando que já tinha chamado a atenção dos responsáveis do INAC para esta questão.

Escrito por Brigantia