Direcção do PSD impõe Francisco Viegas e Adão Silva

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Seg, 18/04/2011 - 13:19


Está definido. Adão Silva é o número dois da lista do PSD por Bragança às próximas eleições legislativas. Fora da lista ficou o presidente da Distrital, José Silvano.

Apesar de a distrital do PSD ter indicado José Silvano nesse lugar, a direcção do partido não foi de modas e ontem à noite confirmou Francisco José Viegas como cabeça de lista e Adão Silva como número dois, mantendo-se Maria José Moreno como o terceiro elemento.Adão Silva sublinha que a sua entrada na lista para o lugar de José Silvano foi imposto pelo próprio presidente do partido.  Adão Silva sublinha que a sua entrada na lista para o lugar de José Silvano foi imposta pelo próprio presidente do partido.   “A inclusão no meu nome como numero dois da lista foi uma escolha do presidente do partido, que entendeu que o meu trabalho teve mérito, não apenas na defesa das linhas políticas do partido, mas também da relação de proximidade que estabeleci com o distrito de Bragança.”  Sobre a presença de um cabeça de lista de fora do distrito, Adão Silva garante que até concorda com a escolha. “A mim não me causa desconforto rigorosamente nenhum. Já disse que me revejo na abertura do partido à sociedade civil. É preciso acabar com o divórcio entre os movimentos de cidadãos e os partidos. Vai acabar por criar maior clima de confiança política.”  O antigo líder da distrital social democrata no distrito de Bragança diz que nesta altura o mais importante é o país e não as vontades dos militantes. E que a escolha de José Viegas traz benefícios.   “Beneficia a sociedade e o próprio PSD, que teve esta coragem de romper com aquilo que é sempre uma sobre-protecção aos militantes. Os militantes estão muito bem representados mas não são tudo, Há uma sociedade que importa defender e promover.”   Mas até ser entregue no tribunal, a lista ainda poderá sofrer alterações. Pouco satisfeito com a escolha de Francisco José Viegas ficou José Silvano. O presidente da distrital social democrata considera que o distrito vai ficar com a voz mais reduzida e José Silvano manifesta publicamente a sua discordância com a escolha de uma figura que não é o do distrito para ser cabeça de lista, apesar de, como militante, aceitar as regras do seu partido.   “A lista que teve a decisão legítima dos órgãos distritais é diferente da que foi aprovada pela comissão política nacional e pelo conselho nacional. A vontade do distrito foi diferente da vontade de Lisboa. Só podemos mostrar publicamente a nossa discordância. Mas quando pertencemos a um partido político aceitamos regras a que temos de obedecer. O que podemos dizer é que o distrito de Bragança ficou com a voz mais reduzida no Parlamento.”   O líder da distrital de Bragança do PSD considera que este tipo de situações só pode ser alterado com a mudança da lei eleitoral que José Silvano defende para próximos actos eleitorais.   “No futuro só podemos resolver estas situações com a alteração da lei eleitoral, que crie círculos uninominais, em que as pessoas tenham de ir a votos “pessoa a pessoa”.”  

Escrito por CIR/Brigantia