Qui, 05/08/2021 - 10:43
Ontem, o debate entre os três candidatos à câmara, promovido pela Rádio Brigantia e Jornal Nordeste, ficou marcado pela troca de acusações entre o candidato socialista e a social-democrata. Nuno Ferreira falou de falta de democracia e afirmou que não vai fazer promessas que não pode cumprir
“Quando se faz uma reunião de câmara tem de se dar respostas àquilo a que se é questionado, não se dão respostas vagas, com as que a candidata Maria Quintas dá, como “não tenho nada que responder, é o que está aí”. É também falta de défice democrático, as actas serem censuradas e não constam sequer no site do município. É por isso que entendemos que as actas são o espelho da governação. É também défice democrático quando temos dez propostas que apresentamos ao longo do mandato e continuam todas na gaveta. O que pretendemos é que aquilo que colocámos lá seja executado, não vão fazer como a nossa candidata da oposição, Maria Quintas, que faz promessas e não as cumpre. Preferimos colocar lá 10 propostas e executá-las, do que meter lá 100 e não fazer nenhuma”, salientou.
Já a social-democrata Maria do Céu Quintas, actual presidente da câmara, também não poupou críticas ao candidato do PS. A candidata à reeleição para um terceiro mandato criticou o chumbo dos apoios sociais por parte dos vereadores da oposição, entre os quais Nuno Ferreira.
“Quando temos apoios sociais para as pessoas, até 3500 euros para a habitação, e durante um mandato os apoios até eram votados a favor porque eram em benefício das pessoas, mas depois, desde o início do ano temos tudo reprovado, os apoios sociais para as pessoas e para as habitações, é tudo reprovado. Tentamos abrir um concurso para contratar pessoas, é tudo reprovado, então onde é que está a democracia e o querer bem a esta gente? É tudo reprovado pelos vereadores da oposição!”, referiu.
Por outro lado, a cabeça de lista da CDU à câmara, Odete Silva, criticou as contratações a recibos verdes que têm sido feitas pelo actual executivo. “Se é para pôr pão na mesa das pessoas, não se pode fazer isso com outro tipo de contratos? Não se podem criar maneiras de passar essas pessoas para outro tipo de contrato? Não é só por ser injusto, é que há muito mais pessoas que precisariam de contracto e que precisariam de trabalhar as suas verbas. A minha proposta era que se procurassem maneiras diferentes para ajudar estas pessoas, como os contratos a termo”, afirmou.
O primeiro de um ciclo de debates das autárquicas de 2021 com os três candidatos à câmara de Freixo de Espada à Cinta, em repetição aqui na rádio Brigantia depois das 10h. Escrito por Brigantia.
