Criação de emprego no interior passa pela iniciativa privada

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Sex, 21/10/2011 - 09:14


Apostar na iniciativa privada será a única forma de criar emprego no Interior do país, devido aos cortes na administração pública.Esta foi uma das conclusões de uma conferência sobre empreendedorismo e empregabilidade, que decorreu ao longo desta quinta-feira, em Alfândega da Fé.E os apoios da EDP ao empreendedorismo na região têm sido uma das soluções. 

A presidente da câmara sublinha que este ano já houve uma aposta muito maior de empresários do concelho no programa EDP solidária.“Nós temos cerca de 12 candidaturas e agora teremos umas oito ou nove que são aprovadas, já não é nada mau e criam pelo menos um posto de trabalho, outras mais” refere Berta Nunes, salientando que “se continuarmos este trabalho eu tenho a certeza que vamos ter frutos”.Para o administrador da EDP Produção, a construção de barragens no distrito de Bragança abre novas perspectivas de negócio na região.“A dimensão dos projectos que estamos a trabalhar com os investimentos que estão em consideração e com a magnitude dos serviços que podem ser prestados dá um campo muito aberto de exploração de novas iniciativas” afirma António Ferreira da Costa.E, após o primeiro ano do projecto EDP solidária, de apoio ao empreendedorismo, o balanço é positivo.“Eu não tenho conhecimento que tenha sido feito algo similar em Portugal e nós fizemo-lo numa zona difícil e os números que se atingiram são muito significantes pois foram criados cerca de 30 empresas e dois postos de trabalhos por cada empresa com um investimento inicial de 1,7 milhões de euros” adianta. “Mas mais importante do que isso é que o número de empresas criadas nestes concelhos ultrapassou os 50%” salienta.Mas no distrito de Bragança também é possível mudar mentalidades. Quem o diz o é director do Centro de Formação de Bragança, onde muitas vezes chegam pedidos de empresas para mão-de-obra especializada que, muitas vezes, não têm resposta por falta de vontade dos candidatos.“Há empresas as pedir carpinteiros e serralheiros e muitas vezes nós não somos capazes de dar resposta porque não temos candidatos para esses cursos talvez por uma questão cultural de não se achar essas profissões tão significativas em termos de estatuto social” refere Fernando Calado.

Algumas das conclusões da conferência sobre emprego e empreendedorismo, que esta quinta-feira decorreu em Alfândega da Fé.

Escrito por Brigantia