Conselho Raiano debateu o associativismo para reforçar a democracia

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Seg, 25/11/2024 - 08:24


O evento ‘RIONOR: Que Associativismo?’, decorreu no sábado, em Bragança 

“O associativismo é a ferramenta mais importante para lutar contra os populismos e reforçar as democracias”, afirmou Francisco Alves, membro da direção da Associação RIONOR, durante o evento ‘RIONOR: Que Associativismo?’, realizado em Bragança.

O evento, que decorreu no sábado, foi uma oportunidade para discutir o papel do associativismo na construção de uma sociedade mais justa e democrática, segundo Francisco Alves “As pessoas têm que ter consciência da importância da participação cívica para o reforço da democracia e não estar à espera que os outros todos façam tudo. As pessoas têm de participar mais nas associações, não basta só pagar as cotas, há que ajudar os dirigentes e termos mais associações que tragam propostas para que as políticas atendam aos cidadãos. Porque o que falta em Portugal e Espanha é uma opinião pública que seja esclarecida, informada, que seja activa”.

Para Francisco Alves, uma associação não pode ser apenas uma entidade financeira, mas sim um espaço que promova a solidariedade, o voluntariado e a participação activa dos cidadãos.

“Nós vamos defender um associativismo que promove, a solidariedade e o voluntariado, porque é isso que faz falta. A associação tem que ter actividades, porque uma associação sem actividades morre, tem que ter transparência nas contas, os sócios têm de saber para onde é que vai o dinheiro, muita clareza e tem que ter democracia. E esse é o modelo que nós defendemos”, vincou.

Um dos temas discutidos foi os entraves causados pelos “organismos intermédios”, que não permitem que as políticas públicas cheguem de forma eficaz às zonas que mais necessitam. Segundo Francisco Alves tem de existir “consenso” entre as associações e os políticos no que toca à “implementação das políticas publicas que se destinam às zonas de fronteira” para que não “travem o desenvolvimento regional”. Um problema que acontece em Espanha e em Portugal porque, segundo ele, “os cidadãos não batem o pé.”

Durante a sessão foi ainda destaca a falta de mobilização da população tendo sido identificada como um obstáculo ao fortalecimento do associativismo. Francisco Alves, lamentou que muitas associações enfrentem dificuldades para manter o envolvimento dos cidadãos, especialmente após a pandemia, que, segundo ele, afectou profundamente o associativismo.

Escrito por Brigantia 

Jornalista: 
Cindy Tomé