Qua, 25/06/2008 - 07:53
Papel de alumínio para forrar as caixas de papelão preto que fazem de forno, é um dos materiais usados nesta experiência para melhor captar os raios solares. O vidro é outro material usado para fazer o efeito de estufa.
Lá dentro está um recipiente com água à qual vai ser medida a temperatura, depois de duas horas de exposição ao sol, como explica Ivone Fachada do Centro de Ciência Viva de Bragança. “O concurso vai incidir em vários parâmetros dos fornos, o que se vai medir agora é a eficiência energética, vão estar duas horas ao sol divididas em três períodos diferentes”, esclarece Ivone Fachada referindo que “o que tiver maior eficiência energética, combinando com os parâmetros estéticos, que já foram pré-avaliados pelo júri, ganhará o primeiro prémio “.
O primeiro prémio deste concurso foi atribuído a um grupo de três alunos da Escola Secundária de Mirandela. O forno que conceberam atingiu aos 73 graus de temperatura, a mais alta do concurso. Mike Carvalho, um dos alunos vencedores explica o processo de construção do Solaris. “Começámos por arranjar uma caixa, depois usámos um esferovite de obras, revestimo-lo com prata”, assinala Mike Carvalho acrescentando que “ pintámo-lo de preto para absorver o calor com reflectores de prata dos lados e espelhos dentro tapados com vidro, pesquisámos na Internet e ai é que se viu quais eram os materiais”.
Ivone Fachada salienta ainda que estes fornos podem ser utilizados para confeccionar refeições. “ Podem utilizá-lo mesmo como forno, porque estes forno apenas demoram um pouco mais que os fornos convencionais mas fazem exactamente a mesma coisa, conseguem cozinhar alimentos,”, considera Ivone Fachada sublinhando que ” a ideia é sensibilizar os estudantes para utilizar materiais reciclados para a construção dos fornos, e aproveitar as energias renováveis, nomeadamente o sol”.
Para além deste concurso, no próximo ano, o Centro de Ciência Viva de Bragança promete organizar um concurso de carros movidos a energia solar.