Concluída e inaugurada Grande Rota Transfronteiriça dos Moinhos e Lameiros que liga territórios de Bragança e Pedralba de la Pradería

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Seg, 03/06/2024 - 09:27


Em 2022 foi inaugurado o percurso português, que passa pelo Portelo, Aveleda, Varge, Rio de Onor e Guadramil, no concelho de Bragança, e agora está terminado o percurso espanhol que o completa, que integra o território de Pedralba de la Pradería, na província de Zamora

Em 2022 foi inaugurado o percurso português, que passa pelo Portelo, Aveleda, Varge, Rio de Onor e Guadramil, no concelho de Bragança, e agora está terminado o percurso espanhol que o completa, que integra o território de Pedralba de la Pradería, na província de Zamora.

Percorrendo lameiros e antigos moinhos, a rota, que foi inaugurada este fim-de-semana, dá a conhecer a biodiversidade e a paisagem fronteiriça, as comunidades e as tradições. Ángel González Pieras, director-geral de turismo de Castela e Leão, assume que a raia tem um potencial único que deve ser aproveitado. “Vimos que uma das zonas que tem e deve ter potencial é a que tem a ver com a raia. Creio que a rota põe em valor histórico, antropológico e turístico toda esta zona”.

Mário Gomes, presidente da União das Freguesias de Aveleda e Rio de Onor, assume que a rota tem trazido gente ao território mas é muito mais do que isso, acrescenta valor. “A rota trouxe desde logo uma maior visibilidade e uma maior mostra do belíssimo território que é este. Pretendemos aumentar as visitas e divulgar a nossa cultura mas, para já, temos tido o feedback das pessoas da aldeia, que trabalham no campo, que dizem que veem bastante gente a circular na rota. É muito positivo para o desenvolvimento do nosso território”.

A rota, tanto em Portugal como em Espanha, foi implementada pela Portugal NTN. Domingos Pires, da empresa, esclarece que o trajecto tem a particularidade de ter o mesmo registo dos dois lados. “Apesar de a rota ter sido implementada em fases muito diferentes, com quase dois anos de diferença, conseguiu-se, em fase de estudo prévio, que a as duas federações lhe atribuíssem o mesmo número de registo, a mesma matrícula, o número 298”.

O projecto, do lado português, custou cerca de 70 mil euros, sendo que foram recuperados dois moinhos. Foi financiado, em 80%, pelo Turismo de Portugal. Do lado espanhol, em termos do que foi a implementação da rota, o custo foi de 40 mil euros, sensivelmente o mesmo que custou aos portugueses. A rota tem perto de 70 quilómetros.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves