Seg, 04/01/2010 - 10:10
A justificação do presidente da Câmara, José Luís Correia, é a de que a nova estrutura foi construída numa zona onde corre muita água e que por isso é frequentemente inundada, pelo que ninguém estará na disposição de enterrar ali os seus mortos.
Ora, este foi o argumento que um grupo de cidadãos utilizou, há nove anos, para que o novo cemitério não fosse construído nas proximidades da aldeia de Luzelos.
Mas o executivo de então não deu ouvidos e gastou cerca de um milhão e trezentos mil euros numa obra que nunca foi inaugurada.O autarca de Carrazeda avança com outras justificações para optar pela ampliação do velho cemitério, em detrimento da utilização do novo:
“Tem uma linha de água que o circunda. O empreiteiro declarou falência e a câmara tem de proceder à posse administrativa, um processo que pode ser moroso. Enquanto isso, o antigo está à beira da rotura”, explicou.
A vereadora independente, Olímpia Candeias, diz que o presidente da Câmara está a precipitar-se e recomenda a realização de mais estudos sobre a viabilidade do novo cemitério:
“Está a haver uma decisão algo precipitada. Porque não chamar cá os técnicos que deram parecer favorável?”
Por seu lado, o vereador socialista Augusto Faustino, não vê razões para não se aproveitar já o novo cemitério:
“Completamente contra esta decisão precipitada. Nunca faria o cemitério novo naquele ponto. Mas ele está lá e suportado tecnicamente. Por isso, temos de ver se o retomamos”.
O novo cemitério de Carrazeda de Ansiães, onde foram gastos um milhão e trezentos mil euros, vai ficar sem qualquer serventia nos próximos anos. A Câmara prefere alargar o velho, no meio na vila, porque o novo mete água a mais.
Escrito por CIR