Ter, 19/08/2025 - 08:26
Este ano, a situação ficou ainda pior, porque a Piscina tem estado encerrada. Primeiro devido à presença de uma bactéria que podia provocar infeções, detetada na análise laboratorial, fechou uma semana, e agora já vai para duas semanas que volta a estar fechada, alegadamente por problemas com o equipamento mecânico.
Carlos Morais, natural de Oeiras, já vem para o parque de campismo há mais de 25 anos com a família, mas diz estar “saturado” e pondera não voltar, porque considera que “não há condições mínimas”, principalmente, “deste que o Município decidiu retirar os bombeiros da gestão do parque e da piscina”.
Carlos Morais entende que, “em vez de evoluir, o Parque regrediu. Quem conheceu isto no tempo do Gama e quem conhece agora, pronto, não tem nada a ver. E desde que passou para a Câmara, ainda pior, estava melhor quando era com os bombeiros”, refere.
Este campista dá exemplos do que considera ser um autêntico “desleixo” por parte do Município e que o leva a concluir que os campistas são cada vez menos. “Antigamente era tudo relva, no tempo do senhor Manuel Garcia. As ruas eram varridas, a qualidade das casas de banho, a qualidade da piscina, que está fechada neste momento, que só usamos um dia porque têm surgido vários problemas, acho que o que está a acontecer é a tubagem que deve estar toda podre porque já há mais de 30 anos que aquilo não recebe obras em condições”, afirma.
Carlos Morais acrescenta que “se a gente for ao rio, a água está um bocado suja, então temos que nos deslocar para outras zonas, para Vila Flor, ou então para Miradeses ou para o Azibo para termos um bocado mais de qualidade, quando antigamente, tínhamos um rio mais ou menos em condições, é a questão agora da piscina que estão a enchê-la, estão a tentar, mas isto não é solução”, diz.
Olímpia acrescenta a falta de limpeza ao rol de queixas dos campistas. “Não se vêem funcionários. Ontem, tivemos de reclamar, porque isto sendo da Câmara, havia de ter funcionários, por menos, já não digo todos os dias, mas duas vezes por semana, ao menos, a limpar, a apanhar as folhas. Nós tivemos que por os campistas a varrer a rua, fazer montes e dizer-lhes para vir apanhar. Aliás, nós já chegamos a apanhar os nossos sacos de lixo e ir despejar”, conta.
Esta campista, fala ainda da falta de higiene básica no parque. “Com esta história da piscina, as casas de banho não são lavadas em condições, porque a senhora que é a segurança e acaba por lavar as casas, coitada, ela faz o que pode, mas se for ver, a parte dos duches e tudo, tudo sujo, aqueles azulejos, não são esfregados como deve ser, está tão preto, tão sujo, não tem higiene nenhuma para uma pessoa apanhar ali doenças”, afirma.
Recorde-se que o parque de campismo foi, durante muitos anos, gerido pelo Clube de Campismo e Caravanismo. Posteriormente, a gestão foi entregue aos bombeiros voluntários, mas, desde 2019, passou para a alçada do Município.
Escrito por Terra Quente (CIR)