Qui, 24/10/2024 - 07:51
A paixão pelo pão e pela profissão surgiu quando ainda era pequena, seguindo as pisadas dos pais. “Já eu tinha 8 anos quando os meus pais ficavam com a padaria e a paixão nasceu aí. Também porque era uma profissão tão dura, quando os meus pais começaram, que eu disse sempre ‘um dia eu vou valorizar e vou pôr em destaque essa profissão, a padaria e o pão’, porque realmente era muito desprezada. E eu quis, ao longo destes 40 anos, mostrar que era possível valorizar também essa profissão”.
Participaram mais de 10 países e foi a primeira vez que o prémio foi atribuído a uma mulher. Para Elisabete Ferreira é o valorizar do trabalho que muitas vezes não era reconhecido à mulher. “No fundo eu estou a dar voz a muitas mulheres do mundo inteiro que se esforçam, que se dedicam a uma arte tão importante. Todas nós mulheres estamos aqui para mostrar a importância da valorização desta profissão, muitas vezes feita por mulheres, que estavam no forno, no seu ofício e ninguém as via”.
O facto de viver no Interior não foi para si uma limitação, bem pelo contrário. “Trás-os-Montes está mais perto da Europa do que o Litoral. O facto de estarmos perto de Espanha permite-nos também procurar mais formação fora, o que, infelizmente, não tinha nas proximidades. Permitiu-nos viajar pelo mundo inteiro, de uma forma muito fácil, porque estava numa zona privilegiada de acesso a vários países. Isso também é uma parte positiva de vivermos no interior”.
Elisabete Ferreira foi considerada, esta terça-feira, a melhor padeira do mundo.
Foi a primeira vez que participou no concurso.
Escrito por Brigantia