Seg, 18/10/2010 - 10:05
A notícia é avançada pela agência Lusa e deixa surpreendidos os intervenientes na consulta pública.
É que segundo a agência noticiosa, que cita fontes ligadas ao processo, o parecer favorável condicionado foi emitido a 26 de Agosto mas não foi tornado público.
O presidente da câmara de Mirandela lamenta esta decisão.
“É uma má notícia para Mirandela porque com a construção da barragem ficarão submersos 16 quilómetros da linha do Tua e o pior é que a autorização para construção da barragem não diz como se vai fazer a mobilidade alternativa entre o Tua e Mirandela” refere José Silvano, acrescentando que “assim tudo leva a crer que é o encerramento definitivo da linha do Tua que é uma machadada fortíssima nas pretensões da região que fica sem uma linha de caminho de ferro que podia ser revitalizada”.
Já Manuela Cunha, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes” e a primeira subscritora do movimento que requereu a abertura do processo de classificação da Linha Ferroviária do Tua como Património de Interesse Nacional, aguarda pela informação oficial e critica o secretismo que envolveu esta alegada aprovação.
“O facto de ter sido dada às escondida e no maior secretismo é a prova cabal do grande peso que o Governo tem nesta matéria e é uma tentativa de condicionar a reacção da oposição à barragem” refere.
Manuela Cunha adianta que esta semana o Partido Ecologista “Os Verdes” vai exigir a presença da Ministra do Ambiente na Assembleia da Republica para explicar esta situação.
“Temos de saber se o RECAPE foi avaliado ou não porque se foi a informação devia estar na página do INAG e devia ter chegado aos Verdes porque participámos na consulta pública. A ministra vai ter de se explicar na Assembleia da Republica e com urgência” afirma.
Promete continuar a luta pela defesa da Linha do Tua e admite recorrer aos tribunais.
Escrito por Brigantia