Apresentado livro para ajudar produtores a tratar dos castanheiros

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Seg, 02/11/2009 - 11:15


O castanheiro, como modelo de negócio, com futuro e para o futuro. Esta é a ideia base do livro “Castanheiros, técnicas e práticas”, que foi apresentado nas VII Jornadas do Castanheiro, inseridas na Rural Castanea, em Vinhais.  

Esta obra resulta do trabalho de 20 instituições e 38 autores e investigadores que têm procurado encontrar soluções para alguns problemas dos soutos e dar conselhos aos agricultores.

 

“Diz às pessoas quais são os requisitos dos solos, como devem preparar o solo para plantar. É que grande parte do sucesso do souto começa na forma como o souto é plantado. O solo deve ser ripado e não lavrado… a escolha correcta das plantas. É importante que se plantem enxertos resistentes à doença da tinta. Diz também como se devem podar castanheiros, como se devem conduzir as árvores, para entrarem em produção rapidamente, para termos castanhas ao fim de quatro ou cinco anos e não ao fim de oito ou nove anos.”

 

José Gomes Laranjo é um dos autores e salienta também que este livro apresenta técnicas e práticas para limitar as doenças que afectam muitos castanheiros, como é o caso da tinta ou do cancro.

 

“A questão da tinta passa muito como o souto é mantido, pelo maneio do souto durante o ano. Os agricultores sabem bem que não devem lavrar os soutos, porque destroem as raízes e é por aí que entra a doença da tinta.”  

 

Com esta publicação, associada ao projecto REFCAST, que poderá resultar num investimento na ordem dos 80 milhões de euros nas zonas de produção de castanha, poderá haver dividendos para os produtores.

 

E ao longo do fim-de-semana foram muitas as castanhas que se vendera na Rural Castanea, o que leva o presidente da câmara de Vinhais, Américo Pereira, a fazer um balanço positivo.

 

“Os balanços destas feiras são sempre muito bons porque são certames onde são expostos e vendidos produtos locais. Tudo o que se possa fazer pela economia local é sempre bom.”

 Entre os expositores, sentiu-se a diminuição do número de visitantes. Mesmo assim, o negócio foi bom.

“Foi menos boa, com menos pessoas, menos público”, disse uma das expositoras que, contudo, assume que “vale sempre a pena” porque dá a conhecer os produtores. O mesmo pensa outra expositora: “damos a conhecer o nosso produto e isso é muito importante.”

 

Uma das atracções da feira da castanha foi o maior assador do Mundo.

Escrito por CIR