Alunos de Izeda com três professores no espaço de um mês

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Sex, 25/10/2013 - 09:28


Um professor de Bragança teve que deixar a escola onde estava a dar aulas há um mês, depois de ter sido notificado pela Direcção Geral da Administração Escolar de que a sua colocação tinha sido anulada.

Rui Machado estava a trabalhar na Escola do 1.º Ciclo de Izeda e teve que deixar os estudantes a quem dava aulas desde o início do ano lectivo sem sequer saber os motivos da anulação do concurso.

“No presente ano lectivo eu estava a exercer funções na Escola Básica de Izeda, que pertence ao Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, porque fui colocado a 12 de Setembro no concurso nacional. E estava a desempenhar funções praticamente há um mês, quando recebo um mail da Direcção Geral da Administração Escolar a notificar-me que a minha colocação tinha sido anulada, por despacho do Director Geral da Administração Escolar. E estranhamente não me davam a conhecer o teor do despacho. Informavam-me também que deveria aguardar colocação no último agrupamento onde tinha estado em funções, neste caso em Mirandela”, conta o docente.  

Este professor pediu explicações à Direcção Escolar, ao Ministério da Educação e até fez uma exposição ao Procurador-geral da República. Rui Machado diz que não entende o que poderá estar por detrás deste imbróglio.

“Já tinha visto noutras situações a anulação de colocações, mas por prestação de falsas declarações ou por engano das escolas. Não foi o meu caso. O problema foi um problema de serviços, ao qual eu sou alheio, mas fui vítima desse erro. O que acontece é que eu estou numa situação de não colocado, embora nas bases do Ministério eu não esteja nem como colocado, nem como não colocado, e estranhamente no dia 16, na última colocação, foi colocado um professor contratado na vaga que eu deixei em Izeda”, salienta Rui Machado.

Rui Machado tem estado a trabalhar em Mirandela, mas lembra que esta situação também acabou por prejudicar o grupo de alunos com quem iniciou o ano lectivo em Izeda.

“Tenho estado a trabalhar. Tenho estado a apoiar alunos com dificuldades de aprendizagem, mas sempre numa situação provisória. Além disso, eu em Izeda já estava com trabalho em andamento, haver já uma identificação muito grande com os alunos, e de repente esses alunos ficam sem professor, vai para alá outro professor transitoriamente, e agora vão para o terceiro professor, que é este professor que foi colocado. Para além do aspecto formal e administrativo desta trapalhada não podemos esquecer as consequências em termos pedagógicos para estes alunos”, realça o professor.

Entretanto, o Ministério da Educação já resolveu a situação de Rui Machado. Em comunicado, o gabinete de comunicação do Ministério informou que o professor ficou colocado com componente lectiva no Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, em Bragança.

Escrito por Brigantia