Agricultores do distrito lançam críticas ao Governo

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Seg, 18/01/2010 - 16:26


Os agricultores do distrito de Bragança criticam o Governo por ter anunciado ontem uma medida de apoio, mas cujo prazo de candidatura termina hoje.  

O ministro da Agricultura, António Serrano, garantiu ontem que o pacote de ajudas da união europeia aos agricultores afectados pelo mau tempo, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), seria alargado a todo o país e não apenas à região do Oeste.

 

Para além disso, subiria o montante da comparticipação, de 50 por cento para 75 por cento.

 

 No entanto, no distrito de Bragança ainda nem sequer há um levantamento dos prejuízos.

 

Por isso, José Pegado, presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Bragança (ADAB), pede o alargamento dos prazos de candidatura.

 

“Deviam alargar o prazo para os técnicos fazerem primeiro um levantamento e os agricultores poderem fazer as candidaturas”, disse.

 

Para além disso, José Pegado revela que muitos dos agricultores da região transmontana não podem candidatar-se aos apoios por não terem as contribuições em dia, até porque nalguns casos o Governo também se atrasou nos pagamentos aos agricultores.

 

“Porque o agricultor tem de apresentar declarações de não-dívida da segurança social e do fisco e grande parte dos agricultores não se podem candidatar. Quando a medida foi criada houve a informação que seria para os agricultores do Oeste, quando deveria ser para todos. O problema aqui não foi só o vento, mas também de enxurradas e neve, que minimizou produções de azeite, especialmente na terra quente. E na semana passada houve vento, que danificou estruturas de estufas e estábulos.”

 Mesmo assim, o presidente da Associação de agricultores do distrito de Bragança deixa um conselho aos agricultores da região.

“O que deverão fazer é dirigirem-se às entidades onde estão associados, a fim de obterem mais esclarecimentos.”

 

No total, estão previstos 18 milhões de euros em apoios para os agricultores afectados pelo mau tempo.

 

A Brigantia já tentou o contacto com a direcção regional de agricultura mas, até ao momento, não foi possível chegar à fala com ninguém responsável.

Escrito por Brigantia