Sex, 11/12/2009 - 11:19
No Parlamento, António Serrano deixou a promessa de baixar a factura da electricidade para os agricultores e pescadores através de uma comparticipação em 20 por cento.
O ministro da Agricultura diz que está também em estudo a redução do IVA no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos do gasóleo utilizado para a actividade produtiva do sector.
Quanto ao gasóleo verde, António Serrano garantiu que não vai ser reposta a situação anterior mas prometeu “avaliar a redução da carga fiscal”.
Medidas que Mário Pereira, da Federação de Agricultores de Trás-os-Montes e Alto Douro aplaude.
“São óptimas. Por exemplo, na zona de Carrazeda de Ansiães, produzem maçãs, que são conservadas em frigorífico e gastam muita electricidade. Se a electricidade sobe, o preço do produto também e depois não entra no mercado. Quanto ao gasóleo, encarece o produto que fazemos todos os dias e depois vemos aí as nozes chilenas e a carne argentina.”
Mas nem só aplausos se ouvem dos agricultores.
Mário Pereira mostra-se muito crítico com o actual ministro da agricultura devido à contratação de seguranças para acompanhar os técnicos responsáveis pelo Sistema Unificado de Controlo aos agricultores.
O presidente da FATA considera mesmo que é uma provocação aos agricultores aquilo que tem estado a acontecer.
“Está a acontecer em Trás-os-Montes e pelo país todo. O dinheiro que os agricultores deviam receber está a ser gasto em jipes e 4x4. Ponho as mãos no fogo em como não deve haver um técnico que tenha sido insultado. É uma provocação aos agricultores.”
O representante dos agricultores transmontanos deixa ainda um outro pedido a António Serrano.
“É preciso que este ministro crie uma linha de desendividamento a seis anos, porque os agricultores estão entalados nas bancas. Se não suceder, dentro de pouco tempo ficamos sem agricultores.”
Entre as medidas de apoio aos agricultores anunciadas pelo Governo está a extinção da taxa audiovisual paga nas facturas da electricidade, que deixará de ser paga pelos agricultores.
No entanto, esta é uma medida que o representante dos agricultores transmontanos considera que “não aquece, nem arrefece”.
Escrito por Brigantia