Seg, 18/10/2010 - 10:00
Mas Casimiro Fraga diz que o autarca, Artur Pimentel, não entendeu o que ele pretendia.
“Dirigi-me ao presidente da camra coo ultimo recurso mas eu acho que o homem não entendeu. Dirigi-me ao governador civil de Bragança e também foi infrutífero. Dirigi-me à direcção regional de agricultura e aconteceu o mesmo” conta.
Casimiro Fraga fala mesmo de uma promessa pré-eleitoral do autarca, alegando que lhe bastava um milhão de euros para colocar de novo a funcionar a Adega Cooperativa de Vila Flor.
“Bastava só pagar a Segurança Social e as Finanças e negociar a longo prazo com os fornecedores. Com um milhão de euros eu levantava aquela casa e disse isto muitas vezes ao presidente da câmara” refere, acrescentando que há um ano “ele disse para deixar passar as eleições e depois tratamos do assunto muito a sério. Deixou-me cheio de fé, mas foi um buraco. Não deu em nada”.
O autarca, Artur Pimentel, contrapõe que a direcção da cooperativa nunca pediu ajuda à Câmara.
“A adega nunca pediu ajuda à câmara. O que pediu foi para resolver o problema da adega, o que é diferente” explica. “Nenhuma câmara tem condições legais para resolver problemas da iniciativa privada. Estar a meter dinheiro ali era deitar dinheiro a uma fogueira” considera.
Por outro lado, Artur Pimentel, sublinha que é aos sócios, em primeiro lugar, que cabe salvar a adega.
“A primeira coisa que há a fazer para viabilizar a adega de Vila Flor é meterem lá o vinho e acreditarem naquela instituição que é deles” afirma.
Nos últimos anos foi um empresário de São João da Pesqueira ligado à produção de vinhos que assegurou o funcionamento da Adega Cooperativa de Vila Flor, arrendando as instalações para vinificar as uvas de quem ali as queria entregar.
Mas este ano já assim não aconteceu.
Por causa disto e de não haver acesso a qualquer financiamento, a direcção de Casimiro Fraga pediu a demissão e a adega declara insolvência.
Escrito por CIR