Ecopark, Azibo e mercado municipal aquecem debate em Macedo de Cavaleiros

PUB.

Qui, 25/09/2025 - 10:53


Candidato da AD, Sérgio Borges, e Benjamim Rodrigues, atual presidente da câmara e candidato pelo PS, não se pouparam na troca de acusações

Sérgio Borges quer requalificar o ecopark de Salselas. Benjamim Rodrigues culpa os socias democratas pelo estado de degradação em que o edifício se encontra.

“Caso não saiba, foi o maior escândalo da gestão do seu partido em Macedo de Cavaleiros. Fizeram um acordo de utilização com uma empresa privada de aventura e deixaram degradar a este ponto e eu consegui reverter a situação”, acusa Benjamim Rodrigues, acrescentando que “está previsto investimento imediato”.

Já Sérgio Borges apontou que em oito anos o executivo PS liderado por Benjamim Rodrigues “não fez nada”.

O pagamento de uma taxa de conservação na Albufeira do Azibo, no verão, também esteve em destaque. Os candidatos discordam do pagamento, mas Benjamim Rodrigues diz que esta é a melhor solução para a falta de estacionamento que existia e assinala que o Azibo está a ser cada vez mais dinamizado.

“Nós conseguimos atrair pessoas de todo o mundo. Neste momento estamos a trabalhar em rede a parte turística, desde o Douro até o Montezinho. Neste momento já vamos ter uma prova do Circuito de Vela Nacional de Águas do Interior. São cinco. Uma é o Azibo. Estamos com uma escola náutica já implementada, com centro de treinos para atletas, inclusive olímpicos”, disse.

Apoiar os agricultores é um dos grandes projetos de Sérgio Borges. Acredita que o mercado municipal era um bom ponto de venda para os produtores, mas a requalificação que o espaço sofreu não serve esse propósito.

“O mercado municipal não está dotado nem de arcas frigoríficas, nem de saneamento específico para poder ter bancas e para poder ter esse tipo de promoção dos nossos produtos locais, nomeadamente agrícolas. Acabou por ser transformado num mini centro comercial com um primeiro andar com escritórios, que, neste caso, nem são escritórios, são serviços do município”, referiu.

Augusto Máximo, candidato do Chega, também é um dos críticos em relação ao mercado.

“Se fosse eu, não o fazia. Eu botava abaixo, ficava amplo, fazia lá as feiras semanais. Porque é assim, a Câmara Municipal, neste momento, transformou-se num agente imobiliário. Estão a concorrer com pessoas que têm lojas na cidade. Aquilo, simplesmente, são lojas”

Do lado da CDU, Carlos Cunha destacou que é urgente criar cursos profissionais para os jovens em Macedo. Poderia ser uma boa ajuda para os fixar.

“Tem de começar na escola, ver qual era a tendência deles e começar a ver um acompanhamento sobre futuras profissões, onde é que eles pudessem ser encaminhados e gostassem. Porque a nível de profissões tradicionais, por exemplo, eu sou serralheiro mecânico, não tenho ninguém que vá para ao pé de mim. Isso é um problema muito grave, porque daqui a uns anos não vamos ter profissões especializadas”, explicou.

A saúde também pôs Sérgio Borges e Benjamim Rodrigues em sobressalto. O presidente disse que a saída do vice-presidente para a ULS do Nordeste beneficiou o concelho. O candidato da AD contestou.

“A responsabilidade não é do município nem sequer do candidato, mas sim da exclusiva responsabilidade da direção da ULS, através das candidaturas ao PRR. Tanto nos hospitais de Bragança quanto no município”, disse.

Agricultura, medidas de combate ao desperdício de água, a reabilitação do mercado municipal, a saúde financeira da câmara e o turismo estiveram ontem em debate.

Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Carina Alves