Vice-presidente da CCDR-N diz que vai estar "todas as semanas em Mirandela" onde está a DRAPN

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Qua, 29/01/2025 - 08:25


Paulo Ramalho, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, não vai ficar em permanência, em Mirandela, na sede da ex direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, mas antes no Porto, onde está a sede da CCDR-N

O ex-vereador da Câmara Municipal da Maia, em declarações exclusivas à Terra Quente FM, depois de ter sido nomeado vice-presidente da CCDR-N, pelo Ministro da Agricultura, à margem do V congresso transmontano, não esconde ter ficado incomodado com “algumas entrevistas de atores do território e até de presidentes de câmara” concedidas após a sua nomeação e esclarece porque razão não vai ficar, em permanência, em Mirandela, mas antes no Porto. “Em primeiro lugar, a extinção da antiga Direção Regional e a integração das suas competências na CCDR, faz com que as competências fiquem alocadas à CCDR e portanto a sede é no Porto, na CCDR Norte. E quanto a isso eu não posso fazer nada, só o Conselho Regional pode alterar a localização da sede”, explica.

Ainda assim, Paulo Ramalho garante: “estarei todas as semanas em Mirandela. Esta semana, por exemplo, é o segundo dia que eu estou em Mirandela, agora não tenho que estar necessariamente em Mirandela, eu vou andar pelo território nos 86 municípios, Nós temos três polos, o polo de Braga, o polo do Porto e o polo de Mirandela e esses três polos irão, naturalmente, receber a minha presença durante toda a semana”, adianta.

No entanto, o vice-presidente da CCDR-N não considera que esta seja a questão m ais importante. “O que é importante é que o nosso polo de Mirandela continue a funcionar com as competências que sempre teve, com os funcionários que tem, não haja nenhum tipo de restrição naquilo que é o seu trabalho e no seu funcionamento, e eu garantir desde sempre, através quer do seu Presidente do Conselho Diretivo, quer do Ministro da Agricultura, que vamos assegurar uma resposta rápida, eficaz, de proximidade ao território e aos agricultores, que essa era a principal missão. Nós queremos manter efetivamente essa capacidade de resposta no território, essa ligação direta ao Ministério e manter essa relação entre os agricultores e o Ministério da Agricultura o mais próximo possível”, acrescenta.

Ainda assim, a pergunta é inevitável: afinal o que muda com a nomeação do vice-presidente da CCDR-N? Paulo Ramalho responde: “É que agora o Ministro da Agricultura tem tutela e superintendência sobre o seu representante da CCDR, que neste caso sou eu, o que significa que já não há aquele problema de os agricultores e a agricultura não serem representadas junto do Ministério da Agricultura, porque tinha um intermediário que era a Comissão Diretiva ou o Presidente da Comissão Diretiva da CCDR, e a partir de agora o Vice-Presidente nomeado pelo Ministro da Agricultura é que responde perante ele, respondendo também naturalmente e articulando as suas funções com o Presidente da CCDR”, explica.

Paulo Ramalho deixa ficar algumas ideias que pretende para o setor: “É importante que nós percebamos que o agricultor não é apenas um ator económico que produz alimentos, mas é também um ator que cuida da paisagem rural e ajuda a fixar pessoas no território. Essas duas dimensões têm que ser cada vez mais tidas em consideração para que nós criarmos políticas públicas capazes, de facto, de tornar esta atividade cada vez mais atrativa. Se há coisa que preocupa-nos a todos e ao Governo, em particular, nesta altura, é que temos um tecido empresarial agrícola muito envelhecido e precisamos de o rejuvenescer. Precisamos de captar mais jovens para a atividade agrícola para fixar também mais população no território”, refere o vice-presidente da CCDR-N.

Escrito por Terra Quente (CIR)