Ter, 13/11/2018 - 09:37
Foi inaugurada uma nova residência para estudantes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) na zona histórica da cidade.
Esta é já a terceira estrutura deste tipo que surge no centro da cidade a partir de uma parceria entre a Câmara Municipal de Bragança, que compra e reabilita imóveis devolutos, e o IPB, a quem é entregue a gestão do edifício. Até ao momento o município já investiu 1,5 milhões de euros em alojamento para estudantes do ensino superior, que no total criaram mais 57 camas.
O presidente do município, Hernâni Dias, afirma que se trata de um investimento forte, mas considera que se justifica perante a possibilidade de criação de alojamento para os alunos: “conseguimos disponibilizar aqui mais 12 camas para alunos internacionais, contribuindo para a reabilitação do património na zona histórica, dinamização do centro histórico da cidade, com mais gente aqui a morar e a fazer aqui a sua vida quotidiana, e ao mesmo tempo contribuir para a estratégia municipal que é a dinamização desta zona”.
No caso desta última residência, o custo das obras rondou os 350 mil euros, e tem capacidade total para 12 pessoas, que no caso serão alunos estrangeiros, como destacou o presidente do IPB, Orlando Rodrigues: “é destinada a alunos internacionais que estão em mobilidade mediante acordos com outras universidades, sobretudo de países de expressão portuguesa, que implicam reciprocidade. Essas instituições dão aos nossos alunos alojamento e nós fazemos o mesmo com os alunos deles”.
Devido aos problemas de alojamento para estudantes que já se fazem sentir em Bragança, o politécnico está a ponderar recorrer a outras soluções para contrariar a falta de alojamento para estudantes, nomeadamente algumas apresentadas pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, presente na cerimónia de inauguração e assinatura do protocolo: "o governo está de facto determinado e também obrigado por uma lei da Assembleia da república, até ao final do ano, para apresentar um Plano de Alojamento para dar cobertura a este problema que está a haver de falta de camas e sobretudo de preços acima do seria o expectável e o desejável. O governo tem trabalhado com entidades públicas como o Fundiestamo e o IFRRU, que têm fundos que vão estar disponibilizados com grande volume financeiro para que possa proceder-se à recuperação e reconstrução de imóveis a nível nacional, que cobrem proprietários como o Estado, instituições de ensino superior, autarquias, o terceiro sector e mesmo privados”.
Sobrinho Teixeira considerou a parceria entre o politécnico e a câmara de Bragança é "um bom exemplo da política que o Governo quer seguir" e assegurou que existe um envelope financeiro para executar este Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior. Espera-se que em Setembro do próximo ano já haja resultados deste programa.
Escrito por Brigantia