Sex, 03/02/2017 - 10:59
Os funcionários concentraram-se em frente à escola numa manifestação, exigindo, sobretudo, a contratação de mais pessoal não docente. “Essencialmente estamo-nos a manifestar para ver se o senhor ministro da Educação nos ouve. Para fazer a alteração da portaria de rácios, acho que deviam andar no terreno. Faço um convite ao senhor ministro para que venha ver as nossas instalações e depois que diga se acha que os 23 funcionários são suficientes . Nós achamos que não”, frisou Isabel Inocentes, uma das manifestantes.
Uma preocupação partilhada pelos pais dos alunos que se decidiram juntar a este protesto.
Ana Fernandes, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, explica que estão em causa aspectos como a limpeza das escolas e até a segurança dos filhos. “Um agrupamento de escolas com esta dimensão não tem, de todo, assistentes operacionais capazes de assegurar a limpeza, o apoio necessário aos nossos filhos e, acima de tudo, a segurança, que é o que mais nos preocupa. Os poucos funcionários que existem desdobram-se em todos os trabalhos mas não conseguem fazer tudo, porque é uma área enormíssima. Não têm mãos a medir”, argumentou.
Também o director do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, Eduardo dos Santos, admite que há falta de assistentes operacionais, lembrando que, este é um problema para o qual tem vindo a chamar a atenção. “Tenho vindo a alertar as entidades superiores para o facto de com as dimensões deste agrupamento, o número de assistentes operacionais ser insuficiente para garantir a segurança, a limpeza e a vigilância dos alunos”, constatou.
Em Bragança este foi o agrupamento onde a greve teve mais efeitos, com duas escolas encerradas.
As escolas secundárias Abade de Baçal e Miguel Torga e o Centro Escolar de Santa Maria abriram as portas, sem grandes constrangimentos, esta manhã. Escrito por Brigantia.