Sex, 11/05/2012 - 11:40
São 131 quilómetros entre o Alto do Pópulo, em Alijó (Vila Real), até Duas Igrejas, em Miranda do Douro (Bragança).
Os restantes 43 quilómetros, que hão-de seguir do Pópulo até Vila Pouca de Aguiar, ainda não estão previstos e não fazem parte da concessão do Douro Interior, que inclui o IP2.
Vias que a presidente da Câmara de Alfândega da Fé, por exemplo, acreditam que podem ajudar a desencravar a região.
Mas Berta Nunes também acredita que, sozinhas, as estradas não fazem tudo.
“È preciso haver investimento do Governo em políticas de emprego e quando se fazem concentrações de serviço, que se façam no Interior e não sempre no litoral, porque as autarquias já investiram na qualidade de vida dos seus munícipes, em saneamentos, por exemplo. É preciso agora emprego para fixar as pessoas.”
Apesar disso, Berta Nunes diz que a vida no sul do distrito vai ser bastante melhor.A maior vantagem até será em termos de comodidade. “A viagem agora é muito mais rápida, quase menos uma hora”.O litoral, agora, fica muito mais perto, poupando-se metade do caminho.
Um pouco mais à frente, no IC5, está Mogadouro.
Um concelho que fica agora a poder beneficiar de mais desenvolvimento.O presidente da Câmara, Moraes Machado, acredita que pode ajudar ao desenvolvimento da vila.
“Agora demoramos menos uma hora a ir ao Porto. Mas a coisa mais importante é que se torne uma via estruturante para a nossa região, tão ostracizada pelo Governo Central, e que seja uma razão para travar a sangria dos filhos da nossa terra para o litoral”, disse.
No entanto, em termos económicos, ainda são poucos os investimentos previstos já por causa da nova estrada.Mas os empresários da zona sul do distrito já esfregam as mãos de contentes.
José Bernardo é produtor de maçãs em Carrazeda de Ansiães. Da sua exploração saem, anualmente, 1400 toneladas em direcção ao litoral.
Por isso, já fez as contas ao que vai poder poupar só no transporte.“Saõ cerca de cinco mil euros por campanha”, admite, só em combustível.Em Alfândega da Fé, Tiago Relhas está a acabar de montar uma exploração de ervas aromáticas. Um investimento de cerca de 300 mil euros, que vai também beneficiar da nova via.“Permite-me chegar a novos mercados e alargar o nosso raio de acção. Para além disso, como 90 por cento da nossa exploração é para exportação, ficamos mais perto de Espanha.”O IC5 a prometer desencravar o sul do distrito. Até porque com a promessa de portagens na A4, há quem pense que esta será também uma via de escape. As novas acessibilidades são o tema em destaque no programa O estado da Região, aqui na Brigantia, das 10h00 ao 12h00.
Um programa onde os ouvintes também podem participar.
Escrito por Brigantia (CIR)