Qui, 16/01/2020 - 10:07
Salientando o que diz ser uma programação de excelência, explicou que quer preparar o futuro do equipamento cultural sem descurar o legado da antecessora. "Temos que reconhecer que há aqui uma política cultural de excelência, que este município tem vindo a desenvolver, ao longo dos últimos anos, e esse será o nosso pilar de sustentação de todo o projecto do Teatro Municipal de Bragança, nunca descurando de todo o passado, do legado de Helena Genésio e da equipa que está no teatro. Este trabalho será o alicerce para nós hoje prepararmos o futuro, sempre tendo em conta a questão das artes performativas, do mundo do espectáculo, em parceria com outros equipamentos municipais e com uma articulação muito frequente com as escolas, para criar públicos e trabalhar esta vertente da educação estética e artística, que muito me diz, tendo em conta a minha formação".
João Cristiano Cunha espera conseguir alargar públicos, democratizando a oferta cultural, mas sem banalizar as artes. "A ideia é diversificar, manter e dar continuidade a alguns programas de excelência que têm vindo a ser implementados, tentado implementar novas ideias mas tendo em vista alargar públicos com o denominador comum da qualidade. Costumo dizer que democratizar as artes não é banaliza-las", explicou.
Em conferencia de imprensa ontem, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, explicou os motivos da escolha do novo director. "É uma pessoa muito conhecedora daquilo que é a actividade do teatro municipal, porque era um frequentador assíduo e é uma pessoa ligada à parte artística, um pouco mais da música, mas com conhecimentos variados. Permite-nos ter uma pessoa multifacetada, será interessante para o teatro municipal, naquilo que tem a ver com a sua programação. É também uma pessoa jovem, com espírito aberto e de horizontes largos".
João Cristiano Cunha é professor de música na escola Paulo Quintela e na Escola Superior da Educação do IPB e assume agora a direcção do Teatro Municipal de Bragança, que dispõe de um orçamento anual de cerca de 300 mil para as actividades culturais.
Escrito por Brigantia