Ter, 17/05/2022 - 10:36
Luís Vila Real, presidente da AFUVOPA – a Associação dos Fruticultores, Viticultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães – diz que as perdas são avultadas, depois de 10 minutos de intempérie:
“Desta vez com uma intensidade fora do normal aqui no concelho de Carrazeda de Ansiães, que afectou seguramente cerca de 90% da área, e com prejuízos bastante avultados, comprometeu a produção do ano e implica uma perda bastante acentuada do rendimento dos agricultores, o que no actual cenário torna as coisas ainda mais difícil. Se pensarmos no aumento do preço das matérias primas, as pessoas contam com as produções para fazer face a essas despesas, quando já estão comprometidas no início da campanha tornam as coisas extremamente difíceis para toda a gente”, afirmou.
Os técnicos da associação e da Direção Regional de Agricultura do Norte já andaram a avaliar os prejuízos nos pomares afetados.
A maçã ainda é muito pequena, mas nem por isso os prejuízos são menores.
“Há frutas cortadas e outras com toques muito profundos que tornam a fruta irrecuperável em termos de ciclo cultural, ela não vai ter valor comercial, até porque actualmente o mercado exige fruto de primeira qualidade e com toques de granizo vai ser rejeitado na sua grande maioria”, afirmou.
Luís Vila Real adianta que os fruticultores estão a ser aconselhados a aplicar tratamentos nas macieiras para atenuar os prejuízos.
Duarte Borges tem pomares de macieiras e cerejeiras na zona da Fontelonga e também foi afetado.
“Tive prejuízos nas maçãs e na cereja. A cereja ficou totalmente danificada porque já estava com o calibre bastante grande e ficou pouca, quase nada se pode aproveitar”, afirmou.
O granizo a provocar, de novo, prejuízos na cultura da maçã em Carrazeda de Ansiães. Escrito por Rádio Ansiães (CIR).