Discotecas em Bragança continuam de portas fechadas e à espera de melhores dias

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Ter, 04/08/2020 - 09:06


As discotecas e os bares já podem abrir até à uma da manhã, mas comas regras impostas aos cafés e pastelarias, e, por isso, as pistas de dança mantêm-se encerradas

Dadas as determinações, por Bragança, as continuam à espera de melhores dias. Telmo Garcia é proprietário das três que existem na cidade e, como considera que a nova legislação é “ridícula”, vai manter os estabelecimentos fechados. “É uma perfeita parvoíce que não tem pés nem cabeça. Isto poderá servir, quanto muito, para espaços que têm esplanadas. No caso das discotecas, como as minhas, não faz sentido”.

Telmo Garcia frisou ainda que o sector está a passar por muitas dificuldades e que precisa de apoios do Governo. Tem os estabelecimentos fechados há cerca de cinco meses e os prejuízos já são elevados. “O lay-off só não chega, é muito pouco. A boa vontade dos senhorios acabou, por muita que tenham. É preciso pagar as rendas, os salários, uma série de despesas que nunca mais acaba. Por mais bom gestor que se seja, não se consegue resistir a isto”.

Virgílio Afonso tem um bar, também em Bragança. O espaço tem esplanada, o que permitiu que o negócio voltasse ao activo depois da pandemia. Ainda assim, o empresário admite que está a ser difícil. “Não podemos dizer que está a correr muito bem, devido à situação, as pessoas ainda têm medo, mas, a partir de sexta-feira, notei que estavam mais soltas e querem sair e, pelo menos, ouvir música. Facturávamos 500 ou 600 euros e agora cerca de 100, é melhor que nada”.

Desde 17 de Maio que abriu o bar. No interior as mesas duplicaram, mas as pessoas preferem sempre ir para a esplanada com receio do vírus. Apesar de considerar que ainda é cedo para abrir a pista de dança, defende que deveriam ser dadas mais facilidades às empresas do sector.

Virgílio Afonso é proprietário de um bar e depois da pandemia conseguiu adaptá-lo para receber clientes. Já Telmo Garcia, proprietário de três discotecas, continua com os espaços fechados e considera que a nova legislação “não faz sentido”.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais