Comerciantes em Mirando Douro ansiavam reabertura da fronteira

PUB.

Sex, 10/07/2020 - 09:18


O comércio em Miranda do Douro começa a respirar de alívio com a reabertura das fronteiras.

Os espanhóis e outros turistas já eram muito esperados no concelho.

Apesar de a fronteira ter aberto para mercadorias e trabalhadores transfronteiriços, desde meados do mês passado, em Miranda os turistas espanhóis, com grande peso na economia do concelho, só voltaram a poder atravessar para território português a partir de 1 de Julho, o que trouxe um novo alento para os comerciantes.

“Logo no primeiro dia se notou. As nove da manhã entraram aqui espanhóis e levávamos meses sem falar espanhol”, disse uma comerciante.

Apesar de os visitantes estarem de volta, os comerciantes admitem que vai ser complicado recuperar do tempo em que estiveram encerrados.

“Isto afectou-nos um bocado, há lojas a fechar, inclusivamente restaurantes. Até abrir as fronteiras não houve mercado nenhum”, contou outro comerciante.

Nas ruas e lojas de Miranda já é visível a presença de turistas, maioritariamente espanhóis, e também alguns emigrantes.

“Gostamos muito e viemos comer, comprar e fazer turismo também”, disse uma turista espanhola.

Apesar de algum optimismo, nota-se também alguma preocupação com o aumento de casos de Covid-19 no concelho mirandês.

“Nós à noite até tínhamos sempre meia casa cheia, já há dois ou três dias que desapareceram da esplanada”, contou um comerciante. “Tudo é uma incógnita, tudo pode ser uma surpresa. Em todos os cantos começam a surgir casos e as pessoas dizem que temos que aprender a viver com isso”, referiu outra comerciante.

O aparecimento de vários casos no concelho nos últimos dias a causar alguma apreensão em Miranda.

Sobre o aumento de casos de Covid-19, Artur Nunes explicou que estão a ser tomadas algumas medidas, sensibilizando as pessoas para a utilização da máscara, para o distanciamento social e para a redução da circulação na rua. Também estão a ser distribuídas algumas máscaras e os estabelecimentos de restauração e bebidas encerram às 23 horas, até ao fim do mês. Depois de uma reunião com a Comissão Municipal de Protecção Civil, foi ainda decidido suspender a feira mensal que devia acontecer dia 1 de Agosto.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro