CIM-TTM crítica “Bazuca” e diz que é uma mão cheia de nada

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Sex, 26/02/2021 - 09:10


A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes considera que este Plano de Recuperação e Resiliência não atende às necessidades e pretensões desta região

Os autarcas dizem mesmo que é um atentado à capacidade de resiliência deste território do interior e que hipoteca o desenvolvimento e futuro dos nove concelhos.

Segundo o presidente da CIM, Artur Nunes, o mapa de investimentos da região ficou vazio. “é um vazio em termos de propostas para Trás-os-Montes. Aquilo que nos prometeram, em relação a um plano de desenvolvimento para o interior e a Espanha como visão para crescimento da região de fronteira, todas estas nossas propostas, num plano que se pretende que seja para o futuro, que revitalize a economia, não tem nada ou muito pouco”.

Das propostas de investimento para a região, apenas a ligação a Vinhais e à Puebla de Sanabria estão incluídas. A CIM lamenta que não tenham sido tidos em conta projectos como a estrada de Vimioso ou a conclusão do IC5. “Vemos uma linha de Vinhais a Bragança que parece de muito pouco investimento e a ligação de Bragança à Puebla em que não sabemos qual o ponto de situação”.

Também na ferrovia não há qualquer investimento previsto para a região do Nordeste Transmontano. Outro projecto em falta é a criação de um aeroporto regional em Bragança. Artur Nunes diz que o plano é uma mão cheia de nada. “É o retirar de Portugal a Trás-os-Montes. Consideramos que mais uma vez se perdeu uma oportunidade de investimento para o nosso território”.

Os investimentos em falta vão ser integrados numa proposta da CIM de alteração ao plano também apelidado de bazuca, que está em consulta pública até à próxima segunda feira.

O Plano de Recuperação Resiliência vai estar em debate hoje na Rádio Brigantia, num fórum que a partir das 10h conta com a participação de autarcas deputados e da secretária de estado da Valorização do Interior.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro