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Bloco de Esquerda questiona Ministério da Saúde acerca de falta de médicos de família no distrito

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Qui, 12/05/2022 - 11:02


O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o governo sobre a falta de médicos de família no distrito de Bragança

Segundo dados do Portal da Transparência, relativos ao mês de Abril, há cerca de 8 mil pessoas sem clínicos de medicina geral e familiar nos 12 concelhos. Marco Mendonça, da Comissão Política Nacional do BE, diz que o partido considera a situação inaceitável e está preocupado com a diminuição da cobertura de médicos, o que deverá agravar-se ainda mais.
“Situação que se vai agravar nos próximos tempos. Este ano 22 clínicos de medicina geral e familiar vão se aposentar, no próximo ano serão mais oito, o que agravará e muito a situação. O BE entendeu questionar o Ministério da Saúde, porque está muito preocupado com esta situação, e quer saber se tem conhecimento e como a tenciona resolver. Queremos também saber quantos médicos de família são necessários para colmatar estas falhas e quantos enfermeiros são necessários no distrito de Bragança para dar assistência condigna à população”, disse.

Para o Bloco de Esquerda é necessário implementar medidas que possam ajudar a fixar médicos em regiões como esta.
“Na discussão do orçamento do estado, na especialidade, vamos propor ao Governo propostas que visam, por exemplo, a revisão e melhoria das carreiras, a exclusividade dos médicos que se deslocam para os territórios mais despovoados, que haja um maior incentivo financeiro e também uma abertura de mais vagas para a especialidade. Só assim, com mais investimento do Serviço Nacional de Saúde e na contratação de médicos é que conseguimos colmatar as falhas que têm acontecido no distrito de Bragança”, frisou.

O Bloco de Esquerda questionou o governo para saber que medidas estão a ser desenvolvidas para fazer face a esta situação de falta de médicos de família no distrito de Bragança. A situação tem vindo a agravar-se igualmente em todo o país. Segundo os mais recentes dados do SNS são já 1,3 milhões os utentes em Portugal que não têm acesso a médicos de família.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro