SM'ARTE volta a pintar Bragança

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Seg, 18/06/2018 - 11:34


Bragança acordou hoje em novos tons. Por aqui respira-se outro colorido e pela cidade ainda cheira à tinta fresca que nos últimos dias deu vida a novos espaços.

A culpa é do SM'ARTE, e nesta terceira edição do festival de arte urbana nasceram mais nove intervenções que se juntam às cerca de trinta que já se espalham pelos caminhos da cidade. O ambiente e a eco-cidade estiveram na origem destas novas criações, mas ninguém melhor que quem andou com as latas nas mãos para nos contar. Pela dupla ARM Collective surge uma criação que "é uma pequena história sobre a evolução da vida até ao Homem, até à viagem do Homem e ao tratarmos da Terra". Draw e Contra contam-nos que se basearam "na figura humana, a figura é abstracta, não é ninguém em especifíco, o pássaro acaba por ser a figura principal" porque "o dono da casa é conhecido como o Pássaro". Com uma parede maior para este ano pintar, Lucky Hell retratou "os animais da região" e afirma ser "bonito" destacá-los. Já Trip Dtos conta que representou "a Mãe Natureza a plantar ventoinhas eólicas" e do outro lado da parede encontramos "a parte energética que é a mão do Homem, a tecnologia".

"Estes festivais oferecem arte a quem não tem tempo ou nem sequer tem presente arte na sua vida", explicaram a dupla ARM Collective. E assim, criando novos percursos para descobrir a cidade, cor e criatividade são as palavras que fazem mover o festival e como dizem Draw e Contra, deixa-se "uma obra para a cidade e para as pessoas". Tem sido esta a inspiração para a arte dos responsáveis por se estarem a transformar espaços na cidade em museus ao ar livre. "Em vez de irem a museus ver peças de arte podem perfeitamente vê-las na rua", afirma Trip Dtos. "Tem havido roteiros de street art, acho que é óptimo, traz turismo para a cidade", concluíu Lucky Hell.

Além das pinturas que os artistas deixaram em Bragança, o festival apresentou-se este ano mais dinâmico, abrindo portas a artes que não iremos ver ao cruzar o caminho de casa, do café ou do trabalho como irá acontecer com estes desenhos. Pela cidade os olhares dos mais curiosos tropeçaram nas estátuas vivas, nas caricaturas e em várias oficinas criativas. O verde do jardim da praça deu ainda lugar ao mercado de rua.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves