Qua, 19/09/2018 - 10:03
O secretário-geral do PSD quis desta forma justificar as recentes tomadas de posição do líder do partido, assumindo que esta será a mensagem que Rui Rio quer fazer chegar aos portugueses, mesmo sabendo que corre riscos de forte contestação interna. “Temos um líder que é diferente dos outros e por isso tem bastante contestação. Quer apresentar um programa e fazer política contra o sistema existente com o qual cerca de 80 por cento dos portugueses não se identifica. Escolheu a frase: em primeiro está o país e só depois vem o partido. Ou seja, tudo o que for benéfico para o país, estaremos de acordo. Tudo o que for prejudicial para o país, vamos estar em desacordo e não importa que as propostas nesse sentido venham do Bloco de esquerda do PS, ou do PCP, desde que achemos que beneficiem o país. Por isso, há incompreensões partidárias que é preciso vencer", diz.
O antigo presidente do Município de Mirandela admite que é necessário "partir muita pedra no interior do PSD", mas acredita que vai dar frutos. José Silvano está convicto que os portugueses vão compreender que será este o caminho para uma nova forma de estar na política. "Quando se é contra o sistema, esse sistema une-se para se proteger. Há que ser forte e determinado para vencer essas resistências, porque temos a noção que pode demorar tempo a passar esta mensagem, mas quando os portugueses apreenderem esta mensagem, vão achar que ele” (Rui Rio) "é o político que tem qualidades únicas para governar o país em dificuldades, porque vai olhar sempre em primeiro lugar para o país e só depois para o partido“.
Declarações de José Silvano que exerce, há cerca de meio ano, o cargo de secretário-geral do PSD. Um desafio que considera "difícil e desgastante", mas, ao mesmo tempo, motivante. "Na idade que tenho e a do líder do partido já não estamos para andar em jogos partidários, porque na política já fizemos o que tínhamos a fazer, estamos lá desprendidos disto. Por isso, sinto que estamos a ser úteis para tentar mudar o sistema das coisas e se conseguirmos que o partido se adapte a esta nova realidade de que é preciso olhar primeiro para as pessoas e só depois para o partido penso que deixamos princípios para que no futuro os partidos se adaptem à sociedade.", conclui.
Algumas das ideias lançadas por José Silvano, no passado fim-de-semana, em Mirandela, durante a terceira edição da academia PonTua, promovida pela Juventude Social-Democrata, de Mirandela e pelos Trabalhadores Sociais Democratas, do distrito de Bragança.
Escrito por Rádio Terra Quente