Ter, 20/10/2020 - 17:22
A posição do clube é manifestada em comunicado divulgado nas redes sociais a propósito do adiamento da partida da Taça de Portugal com o Varzim, pelo facto de um jogador ter testado positivo para a Covid-19 e dois inconclusivos, o que levou a colocar em isolamento 11 atletas.
A direcção do emblema do concelho de Vinhais considera que procedendo ao isolamento dos atletas em causa “a restante equipa podia ter ido a jogo”.
No comunicado o clube lamenta ainda a “indiferença perante a situação por parte da Associação de Futebol de Bragança” e queixa-se mesmo da “falta de apoio e solidariedade da associação”. “No nosso entender devia defender o seu associado e intervir de forma a esclarecer os reais acontecimentos que levaram ao adiamento do jogo”, acrescenta.
O Rebordelo destaca ainda a disponibilidade do Varzim para acertar uma outra data que não 28 de Outubro para a realização do jogo. “O Varzim sempre se mostrou aberto às alternativas por nós apresentadas. Obrigada por nos tratarem como um clube igual na competição”.
Contactado o presidente da Associação de Futebol de Bragança, sobre a alegada falta de apoio e solidariedade com o Rebordelo, mostrou-se indignado com a postura do clube. “O que foi explicado foi que a Federação Portuguesa de Futebol para a data que o clube queria que o jogo fosse realizado, dia 14, não tinha datas caso houvesse outros casos, o que não lhe permitiria adiar novamente o jogo. Entretanto, a terceira eliminatória não podia ficar encravada, face a expressão, devido ao jogo Rebordelo – Varzim. E, nesse sentido, a federação, que a responsável pela organização da Taça de Portugal, tem o seu regulamento”, explicou.
António Ramos considera que o comunicado revela uma falta de conhecimento da situação.” Isto é de alguém que não tem conhecimento nenhum daquilo que se passou. Fico incrédulo e indignado como é que o senhor Michel Dias, que é director do Rebordelo, depois de todas as diligências que fez com o presidente da associação permite que este parágrafo saia no comunicado”.
O presidente da AFB esclarece que a associação não tem poder de decisão numa prova organizada pela Federação Portuguesa de Futebol. “Quem contactou o presidente da AFB já de madrugada foi o senhor Michel Dias, que é o interlocutor do clube. A não ser que haja mais interlocutores e que interpretem mal e erradamente aquilo que realmente se passou”.
Segundo António Ramos, a FPF e a Direcção Geral da Saúde adiaram o jogo de acordo com o regulamento da Taça de Portugal no que diz respeito à existência de casos de Covid-19. “A AFB não tem qualquer poder de decisão nos jogos da Taça de Portugal. A DGS e a FPF podem ter concertado este adiamento. Mas, o que quero referir é que a há um regulamento que tem que ser cumprido e tem casos omissos. A decisão em função do se deparou, haver atletas infectados, foi adiar o jogo”.
Recordamos que na véspera do jogo com o Varzim, inicialmente agendado para o dia 11 de Outubro, foi detectado um caso de Covid-19 no plantel do Rebordelo e dois testes deram inconclusivos o que levou ao adiamento da partida para o dia 28 de Outubro.
Entretanto, 11 jogadores ficaram em isolamento profiláctico e os treinos foram suspensos. Só na próxima sexta-feira é que todos os atletas vão estar disponíveis. Até ao jogo com o Varzim, relativo à 2ª eliminatória da Taça de Portugal, a formação treinada por Nuno Loureiro realiza apenas três sessões de trabalho.
No campeonato distrital de futebol foi adiado para o dia 4 de Novembro, o jogo do Rebordelo com o Mirandês, relativo à jornada inaugural, e o Vila Flor SC – Rebordelo da segunda jornada.