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Quatro mil visitantes e 150 animais recuperados em dois anos de CIARA

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Qua, 15/05/2019 - 12:42


O Centro de Interpretação Ambiental e de Recuperação Animal do Baixo Sabor, o CIARA, fez dois anos e mostra já trabalho feito

Quatro mil visitantes e 150 animais selvagens reabilitados, números avançados pelo Presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor, Nuno Gonçalves. “Neste dois anos, o mais importante foi que conseguimos que as pessoas percebessem o que é isto do CIARA e os números são impressionantes. Quatro mil pessoas visitaram o CIARA mas também é importante falarmos na perspectiva do animal: foram 150 animais recolhidos, sendo que 70% foram devolvidos à natureza, 90,7% são aves e os restantes são mamíferos”.

No âmbito da celebração dos dois anos de vida, realizou-se um dia repleto de actividades com o intuito de sensibilizar a população de todas as idades para a importância do trabalho feito neste centro. “É neste intercâmbio intergeracional que queremos aproveitar para dar a conhecer o CIARA a quem não conhece e, nestas oficinas, dar a conhecer o que é que os parceiros desenvolvem aqui em pareceria com o CIARA. É uma estrutura para compreender o ambiente e para devolver os animais à natureza que de alguma forma foram dela privados”

Este é um centro dedicado à recolha e reabilitação de animais selvagens, que tenham sofrido atropelamento ou que por outra razão se encontrem debilitados, para mais tarde serem devolvidos ao seu meio natural, como explica o especialista em medicina veterinária da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Roberto Sago. “Permite receber e tratar os animais em tudo que são casos normais. Quando temos situações em que os animais necessitam de meios de diagnóstico complementares avançados, como o caso de tomografia ou cirurgia específica, são transportados para o Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real. Os procedimentos dão-se lá e quando o animal tem alta da fase crítica regressa para cá para fazer a recuperação física”.

Para assinalar o aniversário, foi devolvido à natureza uma grifo que transporta consigo um localizador para que se possa conhecer melhor os hábitos desta espécie em liberdade. “Foi um animal que teve uma lesão muscular que requereu muitas sessões de fisioterapia. Identificamos estes animal com um emissor GPS para que possamos segui-lo nos próximos anos e tentarmos perceber sobre o padrão de deslocação destes animais e se há migração deste animais adultos para África no inverno”.

Este centro está situado próximo da aldeia do Felgar, em Torre de Moncorvo e para além da sua natureza ligada à reabilitação dos animais, permite aos visitantes uma série de experiências ligadas ao conhecimento e sensibilização da natureza.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves