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Proposta vencedora do Museu da Língua excluída depois de revisão do concurso

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Qua, 13/09/2017 - 10:44


O vencedor do concurso de ideias do Museu da Língua Portuguesa previsto para Bragança não vai ser o responsável pelo projecto da infra-estrutura cultural, porque foi excluído. A proposta que ficou em primeiro lugar foi retirada do concurso depois de uma reclamação ao processo devido ao facto de alguns dos projectos submetidos no sistema informático estarem identificados de alguma forma.

O júri do concurso decidiu excluir 10 das 15 propostas submetidas para transformar os antigos silos da EPAC no Museu da Língua Portuguesa, entre elas a vencedora, como confirmou o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias.

“Neste momento, estamos na fase em que vamos ter de tratar o processo por forma a que as empresas que colocaram algum tipo de identificação ou mesmo que não fosse o nome da própria empresa, sejam excluídas, para que as empresas que não têm esse problema possam ficar no concurso. E aqui prende-se apenas com uma coisa: houve uma empresa que estaria nas primeiras classificadas que terá que saltar e tudo o resto manter-se-á, pois a partir daí todas as empresas sobem uma posição. A segunda classificada passará para primeiro”, explicou.

O presidente do município apontou este como um dos projectos prioritários para os próximos quatro anos e garantiu que apesar dos atrasos o financiamento europeu do Museu da Língua que custará 6,5 milhões de euros não está perdido.

Hernâni Dias destacou ainda que no primeiro mandato muito foi concretizado mesmo com os constrangimentos da transição do quadro comunitário.

“Nós concretizámos muita coisa e também fizemos coisas que não estavam previstas sequer no nosso programa de candidatura em 2013. A verdade é que, há determinado tipo de obras que não dependiam directamente de nós e elas estavam assinaladas como obras que careciam de financiamento de fundos comunitários e essas, logicamente, nós não tivemos capacidade para poder executá-las”, destacou.

O candidato pelo PSD que espera manter-se à frente dos destinos da câmara municipal falou ainda do processo judicial em que o município está envolvido devido a um valor de vários milhões de euros exigidos pela Águas do Norte mas que a câmara não reconhece.

“É reclamado um valor pela empresa, nós não reconhecemos esse diferencial e, portanto, estamos com o processo a ser tratado judicialmente para que possa haver uma decisão. Nós não podemos tolerar, de forma nenhuma, que compromissos que foram assinados em 2001, sejam completamente subvertidos, sejam tratados de forma diferente daquilo que foi acordado e assinado em 2001 com o município de Bragança e, de forma unilateral, se tomem decisões que são prejudiciais para o município”, destacou.

Depois de oito anos como vereador, Hernâni Dias está a cumprir o primeiro mandato na câmara municipal e concorre para continuar o ciclo social-democrata que se iniciou à 20 anos. Escrito por Brigantia.