Sex, 12/04/2019 - 15:41
O contrato anterior, estabelecido em 2015, entre o executivo ainda liderado por António Branco e a associação, previa apenas que a câmara pagasse, mensalmente, ao banco 2500 euros por causa das dívidas desta entidade. Segundo a actual presidente da câmara de Mirandela, este novo contrato irá dar à associação uma verba mensal de quase 4500 euros para a associação se tornar também mais interventiva através da realização de várias actividades. “É um contrato-programa novo. Estamos aqui a envolver situações, actividades e trabalho diferente que aquilo que havia no passado. Aquilo que pretendemos é que a ACIM tenha um papel activo e interventivo e com a máxima transparência de contas, que façam desta associação um motor de desenvolvimento económico, social e turístico do concelho. Este processo nada tem a ver com o anterior, ou seja, tudo aquilo que foi declarado nulo era nulo porque envolvia situações que consideramos que são feridas de legalidade”.
O novo contrato prevê o apoio a investidores na criação de projectos, certificação de produtos, cadastro de empresas e dos empresários mirandelenses, actividades relacionadas com a realização de eventos, assim como tudo o que envolve o comércio, indústria e serviços e colaboração com o gabinete de freguesias do município. “Temos várias áreas de intervenção, não só a questão da marca IGP mas também tudo que está ligado ao Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedor. Temos a certificação de produtos, nomeadamente a couve penca de Carvalhais, que é um projecto já há muitos anos que está a ser adiado, tudo que tem a ver com o apoio ao comércio, actividades dinamizadoras, quer feiras, quer eventos. Neste momento é um contrato-programa que assinala e identifica apoios e verbas específicos, no valor de 4470 euros por mês, em que a ACIM vai prestar alguns serviços para a câmara municipal”, esclareceu Júlia Rodrigues.
Vítor Borges, o agora presidente da associação, acredita que se chegará a um bom porto quanto à regularização das dívidas e situações do passado. “Estávamos aqui num impasse muito grande. Esta direcção tomou posse há cerca de três meses, temos debatido várias ideias com a nossa presidente e queremos trabalhar. Quanto à regularização do passado estamos a ver como faremos. Com esta verba poderemos trabalhar, abrir uma conta e pagar a quem nos presta os serviços”.
Vítor Borges é o novo presidente da direcção da ACIM, até 2021, sucedendo a Jorge Morais, presidente nos últimos 17 anos. Na tomada de posse, em Janeiro, assumiu que a prioridade seria a liquidação das dívidas às instituições bancárias e aos fornecedores, que rondariam os 180 mil euros. O contrato-programa será levado agora à Assembleia Municipal e irá decorrer durante os próximos três anos, num valor total de cerca de 160 mil euros.
Escrito por Brigantia