Ministro da Educação recebido por professores em protesto em Macedo de Cavaleiros

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Seg, 22/10/2018 - 10:38


O Ministro da Educação foi recebido esta sexta-feira, em Macedo de Cavaleiros, por um ajuntamento de professores em protesto.

Cerca de 70 docentes empunhavam cartazes com reivindicações e palavras de ordem.

A contagem do tempo de serviço foi uma das queixas apresentada a Tiago Brandão Rodrigues, mas não a única, como referiu Carlos Silvestre da plataforma sindical de professores. “O objectivo de estarmos aqui é tentarmos sensibilizar, mais uma vez, o Ministro da Educação e o Governo para os problemas que a profissão docente e a escola pública estão a viver. Queremos que cumpra aquilo que ficou acordado desde o momento em que disseram que iam descongelar as nossas carreiras. Pedimos que olhem para a escola e que vejam que há pessoas a entrar muito cedo e a sair tarde, que percebam que a aprendizagem das crianças não pode continuar a ser feita desta forma, porque os professores fazem tudo menos dar aulas. Aquilo que queremos é que sejam correctos, são ditas muitas mentiras em relação à classe docente. A história dos 60 anos de idade e 40 de descontos, agora que as pessoas começaram a informar-se, vêem que não é verdade; as penalizações vão continuar a existir e ninguém vai poder reformar-se. Nós não vamos parar de lutar”, avançou.

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, passou por Macedo de Cavaleiros num encontro promovido pelo Partido Socialista para a apresentação do Orçamento do Estado para 2019, mas foi surpreendido por professores em protesto com quem conversou. “O facto de tantas vezes termos pontos de partida que são diferentes e o ponto de chegada não ser necessariamente igual não significa que não lutemos todos para o mesmo”, referiu.

Na apresentação aos militantes do PS do Orçamento do Estado, o ministro Tiago Brandão Rodrigues destacou algumas das medidas que o documento inclui na área da sua tutela, como “o desenvolvimento da cultura e a prática do serviço público na educação, os manuais escolares gratuitos até ao 12.º ano, podermos ter educação inclusiva, e ter 350 milhões de euros em 500 obras a acontecer no país e com 31 milhões de euros no distrito de Bragança”.

Esta foi uma das várias sessões que decorreram em todo o país para explicar o Orçamento do Estado, que começaram sexta-feira e terminam hoje. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro