Macedo de Cavaleiros aumenta IMI

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Qui, 06/10/2011 - 09:16


A Câmara de Macedo de Cavaleiros vai subir o IMI.No próximo ano, o Imposto Municipal sobre imóveis sofre um agravamento de 0,1% fixando-se nos 0,6%.Para o presidente esta é uma forma de a autarquia compensar os cortes nas receitas e nas transferências da administração central. 

“As transferências da administração central têm diminuído muito e vão voltar a diminuir. Para além destas perdas há mais encargo” refere Beraldino Pinto.Quem não se contenta com esta subida de IMI é a oposição.Luís Batista, da bancada socialista, diz que tendo em conta a conjuntura económica, a Câmara deveria manter o valor como estava.“Nesta conjectura em que toda a gente anda aflito em termos financeiros, a câmara municipal não dá um incentivo para levantar a cabeça até porque os valores são insignificantes em termos de receita para a autarquia mas para os contribuintes é significativa” afirma.Já em Bragança a autarquia vai manter a taxa nos 0,6 por cento. De recordar que o município cobra uma das taxas de imposto mais altas do distrito. No entanto, o presidente da Câmara rejeita comparações com os restantes municípios do distrito. Jorge Nunes lembra que em comparação com as restantes cidades de média dimensão a nível nacional, Bragança apresenta a taxa de IMI mais baixa.“Os prédios urbanos avaliados têm uma taxa de IMI mais baixa de 0,365%. Os que não têm uma avaliação correspondente ao seu valor real actual são tributados com 0,6%. Ainda assim qualquer um deles está significativamente abaixo do valor máximo permitido por lei” afirma o autarca.A proposta do município foi apresentada na última Assembleia Municipal e foi aprovada com os votos dos deputados do PSD. Os partidos da oposição rejeitaram a taxa de IMI por considerarem que é demasiado alta tendo em conta os rendimentos da população. PS, PCP, CDS e Movimento Sempre Presente consideram esta taxa penalizadora para os brigantinos.“Nós achamos que estamos numa cidade onde as pessoas estão sobrecarregadas pela carga fiscal” refere Vitor Prada Pereira do PS.“Na nossa cidade muitas pessoas compraram casa e nos próximos anos terminam os períodos de isenção e para além dos esforços que já fazem vão ter de começar a pagar IMI” afirma José Lourenço do Movimento Sempre Presente.Já José Brinquete do PCP diz que “este imposto é muito injusto e penalizador porque vem substituir a contribuição autarquia mas agrava-a”.Cláudia Guedes de Almeida do CDS diz que percebe “que da parte da câmara seja uma fonte de financiamento mas também achamos que não é crucial”.  O município aprovou também uma redução de um por cento na taxa a aplicar aos terrenos e aos imóveis da zona histórica requalificados.

Já os prédios em mau estado de conservação vão ver a taxa de IMI agravada.

Escrito por CIR/Brigantia