Seg, 04/08/2008 - 09:10
Tudo aconteceu cerca das 18 horas de sábado junto à Ponte do Sabor onde uma família tinha organizado um piquenique para festejar o aniversário de uma das crianças, refrescando-se nas águas do rio.
João Correia, o alegado homicida, é proprietário de uns terrenos naquela zona, que terá ido visitar quando encontrou aquela família, residente na aldeia de Póvoa, concelho de Torre de Moncorvo.
Os disparos ter-se-ão seguido a uma troca de palavras entre os sujeitos envolvidos neste homicídio.
Residente em Horta da Vilariça, concelho de Torre de Moncorvo, o indivíduo apontou primeiro a João Maia Nascimento de 57 anos que “ao sentir-se ferido fugiu passando o rio para o outro lado” conta o presidente da junta de freguesia de Adeganha, da qual é anexa a aldeia de Póvoa, onde reside a família. Depois “disparou de novo e matou o irmão”, António Maia Nascimento de 44 anos.
António Manuel Capela acrescenta que o homicida já manteve uma relação amorosa com a mulher de um dos indivíduos baleados e que ficou ferido em estado grave. “Já fizeram vida juntos e dessa relação resultou uma filha de cerca de 4 anos que ele já tinha raptado para a Alemanha”, afirma o autarca.
Na assistência às vítimas, estiveram as duas ambulâncias INEM do concelho de Torre de Moncorvo, uma do Centro de Saúde e outra da corporação local de bombeiros. O homem de 57 anos “estava ferido num braço e no tórax” adianta Firmino Lopes, segundo comandante dos bombeiros, acrescentando que “foi transportado para o Centro de Saúde de Moncorvo e depois transferido de helicóptero para uma unidade hospitalar do Porto”. Quanto ao morto, que foi atingido no abdómen, de forma fatal, “foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela, afim de ser autopsiado”.
Ao que a Brigantia conseguiu apurar foi o próprio homicida quem alertou a GNR para o sucedido. Uma patrulha da força de segurança deslocou-se à Ponte do Sabor onde deteve o indivíduo, sem ter oferecido resistência. O homem terá dito às autoridades que “a arma encravou senão matava toda agente” conta António Manuel Capela.
O sujeito passou as duas noites detido na GNR de Vila Flor, e vai ser presente esta manhã ao tribunal de Torre de Moncorvo afim de lhe ser aplicada uma medida de coacção, até ao julgamento.